Ouvindo “Cheers”, o
último álbum do flughelhornista suíço, Franco Ambrosetti, temos uma melancólica
experiência. Não há prevenção em relação ao fato do artista de 76 anos ter
perdido sua pegada e clareza no seu toque conforme ele desliza para seus anos
de maturidade. Passado as rápidas sucessões de notas e pontilhismo no uso de
dissonâncias encontradas nas obras-primas dos anos 80, recolocadas por
entonações manchadas e uma agudeza inescapável.
Estes são pecados
perdoáveis quando se leva em conta a sua estatura no mundo do jazz. Quando a Ambrosetti
é dado um acompanhamento sobressalente, como com a interpretação no
encerramento de “Body And Soul”, que o encontra reunido apenas ao baixo e à
bateria, seu toque tem o charme singular das gravações do falecido Chet Baker com
centelhas de sua velha ardência. É quando ele está trabalhando em paralelo com
outros instrumentistas de sopro, como o saxofonista alto Greg Osby, que há uma
clara luta para manter a forma na maneira como eles trabalham através da
melodia principal.
Enquanto, o puxão do
passo de Ambrosetti não pode ser ignorado, e ele ainda merece respeito para
seus esforços para manter alimentando os fogos criativos, e oferecendo alguma
medida de esperança da velha guarda dos membros do jazz, e que eles, igualmente, ainda
podem prosperar.
Faixas: Autumn
Leaves; No Silia, No Party; I’m Glad There Is You; Bye Bye Blackbird; Drums
Corrida; Someday My Prince Will Come; The Smart Went Crazy; Midnight Voyage;
Body And Soul. (67:08)
Músicos: Franco Ambrosetti,
flugelhorn; Kenny Barron, piano; Buster Williams, baixo; Jack DeJohnette, bateria;
Greg Osby, saxofone alto; Randy Brecker, trompete; Terri Lyne Carrington, bateria;
John Scofield, guitarra; Antonio Faraò, piano; Dado Moroni, piano; Uri Caine,
piano; Gianluca Ambrosetti, saxofone soprano.
Fonte: Robert Ham
(DownBeat)
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