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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

KRIS DAVIS – DIATOM RIBBONS (Pyroclastic Records)


Em um recente Q&A com Wendell Berry, Amanda Petrusich da The New Yorker pergunta à poetisa e naturalista sobre sua produção sendo conectada ao passado, se “todo novo trabalho está em conversação com todas as coisas que o precedeu, esta linguagem, em si, é simplesmente contínua”.

A melhor música—dentro do mundo do jazz e além dele—pode conter uma multiplicidade de ideias e sons, referência sem fim a gêneros e contar aos ouvintes algo sobre o momento em que foi gravado, tão bem quanto o passado. “Diatom Ribbons”—e neste caso um pouco da pianista Kris Davis em geral—faz precisamente isto.

Fragmentos vocais de Cecil Taylor surgem; Esperanza Spalding recita um poema do antigo poeta norte-americano Laureate Gwendolyn Brooks e entre Terri Lyne Carrington e o produtor/DJ Val Jeanty, que ostensivamente opera no trio de Davis em “Diatom Ribbons”, há uma concentração no sentimento da batida mais do que poucos pontos ao longo do álbum.

“Rhizomes” também entrelaça o guitarrista Nels Cline, o baixista Trevor Dunn e o percussionista Ches Smith na banda, fundindo um feitiço sem onda no centro nos trabalhos. O grupo reunido não é exatamente o DNA da soma, mas a pulsação constante da gravação liga-a ao mundo fora do rock em uma forma que poucos agem, parecendo os compelir a explorar.

Sintetizando muito a informação, poderia, claramente, ter resultado em um pastiche confuso, mas a líder, Davis, assumiu trasladar as investigações artísticas do passado e os êxitos para os ouvintes contemporâneos  e estes para o futuro.

Faixas: Diatom Ribbons; The Very Thing; Rhizomes; Corn Crake; Stone’s Throw; Sympodial Sunflower; Certain Cells; Golgi Complex (The Sequel); Golgi Complex; Reflections.

Músicos: Kris Davis: piano; Val Jeanty: eletrônica; Terri Lyne Carrington: bateria; Trevor Dunn: baixos acústico e elétrico (1, 2, 3, 5, 7, 8, 9, 10); Esperanza Spalding: vocal (2, 7); Nels Cline: guitarra (3, 7); Marc Ribot: guitarra (8, 9); Tony Malaby: saxofone tenor (1, 2, 10); JD Allen: saxofone tenor (1, 10); Ches Smith: vibrafone (3, 5).

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


NOTA: Este álbum foi relacionado entre os 40 melhores do ano de 2019 pelos críticos da JazzTimes.

Fonte: Dave Cantor (DownBeat)


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