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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

MUD MORGANFIELD - THEY CALL ME MUD (Severn)


Como os filhos de músicos famosos, artistas tais como Joshua Redman, Ziggy Marley, Dweezil Zappa e Mud Morganfield defrontam-se com desafios profissionais incomuns. Comparações com seus pais icônicos são inevitáveis, ainda que cada um destes músicos tenha sucedido a uma demarcação de seu próprio território artístico.

Devido ao timbre da sua voz muscular, Morganfield nunca escapará completamente da sombra do seu pai— o titã do blues Muddy Waters (1913-1983). Porém, o novo álbum de Morganfield, “They Call Me Mud”, reflete sua evolução como um artista que, simultaneamente, abraça sua herança e busca sua própria estrada. Há duas excelentes faixas potentes de Muddy Waters neste álbum—“Howling Wolf” e “Can’t Get No Grindin’”—porém estas canções não são como as atraentes composições inéditas de Morganfield, tal como a com sabor funk, “Who’s Fooling Who? ”.

O programa é maravilhoso, as 12 faixas do álbum ilustram que o campo de Morgan é muito mais do que um vozeirão do blues. “Cheatin’ Is Cheatin’” demonstra seu talento como um crooner matizado, bem como suas habilidades transmitindo a vulnerabilidade de um protagonista. Studebaker John contribui com intricado e fascinante trabalho de gaita em diversas faixas. O disco encerra com um número instrumental, “Mud’s Groove” (uma das três faixas em que Morgan atua no baixo), que exibe um outro ás da gaita, Billy Branch. Na faixa título do álbum, Morgan canta, “The blues is my birth right – NT: O blues é meu direito de nascimento, em tradução livre”, e não desagrada.

Faixas

1 They Call Me Mud 4:00
2 48 Days 4:27
3 Cheatin' is Cheatin' 5:21
4 Who's Fooling Who?  5:31
5 Howling Wolf 5:18
6 24 Hours 4:00
7 Who Loves You 5:51
8 Oh Yeah 4:29
9 Can't Get No Grindin' 3:33
10 Rough Around the Edge 5:53
11 Walkin' Cane 4:24

Fonte: Bobby Reed (DownBeat)

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