A história de fundo da pianista Yelena Eckemoff não sugere o
potencial para um crescimento para a categoria de alto nível no jazz. Porém,
aqui, ela é, após emigrar da Rússia para Estados Unidos com seu marido—
deixando seus filhos (temporariamente) e outras coisas mais (permanentemente) para
trás em 1991 para escapar da repressão e para iniciar uma nova vida. Classicamente
treinada em sua terra natal, Eckemoff veio para o jazz relativamente tarde. Com
persistência, talento, ambição, audácia e um otimismo aparentemente
imperturbável, ela navegou à sua maneira para o alto escalão do mundo do jazz e
criou uma substancial discografia de excelentes gravações, colaborando com a
nata de companheiros de seção rítmica --- os baixistas Arild Andersen e Jon
Christensen, os bateristas Peter Erskine e Billy Hart.
Eckemoff não lança seu trabalho manual de agrupamento de
canções discrepantes ou ideias reunidas. O que ela faz é estabelecer temas —
tais como “Lions (L & H Production, 2012) ”, ou lembrar de aromas de sua
infância, “Blooming Tall Phlox (L & H Production, 2013)” — modelando-se como
uma mestre conceptualista.
O primeiro lançamento de Eckemoff em 2018—ela é
persistentemente prolífica —é “Desert”, uma exploração musical de magia de
vastas e, aparentemente, terras infecundas, de miragens flutuantes, soprando
areia, de tons pastéis abrandados por amplos espaços.
Ela escolheu empregar o projeto que previamente mencionou os
companheiros de equipe, o baixista Arild Anderson e o baterista Peter Erskine. Agora
sua banda está com o múltiplo instrumentista de palhetas, Paul McCandless, um
membro fundador do grupo Oregon.
Um espírito do Oriente Médio permeia o trabalho de inéditas
de Eckemoff, soa tingido pela influência da península Árabe:
"Bedouins", "Mirages", "Desert Cry" e"Colors
Of Nothingness". Os arranjos são sucintos e encrespadamente executados. O
baterista Erskine dá uma aula magna, elevando a música ao longo do trabalho, na
forma que Paul Motian sempre fez, com uma abordagem bastante distinta.
As composições de Eckemoff tem um refinamento
característico, suas complexidades acessíveis tecem através de linhas vigorosas
melódicas através de McCandless em seu oboé, English horn, saxofone soprano e clarinete baixo. E um bônus— a
prosa e poesia de Eckemoff incluídas nas mais de vinte páginas do folheto que
adiciona um vocabulário das suas ideias musicais. Especialmente atrativa é sua
curta estória "Bedouins". Ela está provando ser ela mesma uma fina
compositora, como uma excelente instrumentista neste trabalho de arte.
Quando as espirais do tempo foram dissolvidas, o deserto foi
tolerado para Yelena Eckemoff em seu poema "Desert Remained".
Faixas: Bedouins; Mirages; Desert's Cry; Dance; Colors of
Nothingness; Condor; Oasis; Dust Storm; Desert Remained; Garden of Eden; Sands.
Músicos: Yelena Eckemoff, piano, composições; Paul
McCandless, oboé, English Horn,
saxofone soprano, clarinete baixo; Arild Andersen, baixo; Peter Erskine,
bateria, percussão.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
Fonte: DAN MCCLENAGHAN (AllAboutJazz)
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