Apenas a nata da colheita sobe ao palco com Chick Corea. O
baixista McBride e o baterista Brian Blade, agitando na excursão com Corea,
resultando em “Trilogy (Concord Records, 2014)” . Este sensacional disco
triplo, gravado ao vivo, foi bem recebido ou, ao menos, mais seguramente
merecido, uma performance forte. Começando direto de onde eles a deixaram, o Chick Corea Trio agora apresenta “Trilogy
2”. Os "meros" dois discos vão além da oferta simples de "mais
do mesmo". A zona de conforto, embora forte no primeiro lançamento, ampliou-se
e aprofundou-se. Três músicos com substância foram mais além do engajamento
entre si e puderam liderar belos momentos de êxtase improvisador. Eles,
claramente, estão felizes em tocar juntos, e este desfrute é transferido, aos
montes, aos ouvintes. Todas as músicas são escolhidas e bem colocadas, mas eles
o fazem dentro das linhas que estouram, fervilham e crepitam. A quantidade de
exploração criativa e oportunista entre as notas é conduzida pela segurança
desenvolvida por cada um e suas inerentes sensibilidades.
Se você ainda não ouviu o original “Trilogy”, vencedor do Grammy,
talvez devesse notar que este é mais do que um jazz tradicional. Corea tem se
aventurado dentro de muitos aspectos do gênero em sua carreira, da avant-garde, ao free, ao elétrico, ao acústico, ao fusion e até mesmo mais free.
Aqui você tem um puro trio de jazz, que nos coloca onde devíamos estar, embora
sendo familiar o bastante para aparecer como um velho amigo. Há um balanço
delicado do trio em harmonia e solos. Estes, realizados pelos três mestres
nunca são forçados ou soam como todos ensaiados. Eles deslizam com sutil
naturalidade e fluência. Como uma unidade eles estão, claramente, ouvindo um ao
outro e respondendo ao diálogo com uma confiança de compreensão que empresta a
si mesmo interações provocadoras. Eles não têm pressa, levando o ouvinte para
uma jornada maravilhosa. O passeio supera o destino, embora o local da
aterrissagem possa ser mais legal.
McBride e Blade primorosamente ilustram aquilo sobre a
existência de mais de um caminho a ser seguido. Suas dinâmicas e interações com
Corea são imensamente diferentes do que com antigos colaboradores como Dave
Weckl e John Patitucci. Nem melhor, nem pior, não é uma competição. É jazz
moderno e improvisado na mais alta ordem. Entretanto, Corea escolheu a dedo
todas as canções, McBride e Blade pediram, e receberam, a oportunidade para
tocar o clássico de Corea, "Now He Sings, Now He Sobs". É a primeira
vez que foi gravado desde a primeira versão original em estúdio em trio com Miroslav
Vitous e Roy Haynes como a faixa título de “Now He Sings, Now He Sobs (Solid
State, 1968)”. Sobre metade do século passado, Corea adiciona outro brilhante
capítulo para sua carreira e nossa atenção.
Faixas: Disco 1: How Deep Is The Ocean; 500 Miles High;
Crepuscule With Nellie; Work; But Beautiful; La Fiesta. Disco 2: Eiderdown; All
Blues; Pastime Paradise; Now He Sings, Now He Sobs; Serenity; Lotus Blossom.
Músicos: Chick Corea: piano; Christian McBride: baixo; Brian
Blade: bateria.
Nota: Este álbum foi listado entre os 40 melhores de 2019 por
críticos da JazzTimes.
Fonte: JIM WORSLEY (AllAboutJazz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário