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domingo, 2 de fevereiro de 2020

CHICK COREA TRIO – TRILOGY 2 (Concord Music Group)


Apenas a nata da colheita sobe ao palco com Chick Corea. O baixista McBride e o baterista Brian Blade, agitando na excursão com Corea, resultando em “Trilogy (Concord Records, 2014)” . Este sensacional disco triplo, gravado ao vivo, foi bem recebido ou, ao menos, mais seguramente merecido, uma performance forte. Começando direto de onde eles a deixaram, o Chick Corea Trio agora apresenta “Trilogy 2”. Os "meros" dois discos vão além da oferta simples de "mais do mesmo". A zona de conforto, embora forte no primeiro lançamento, ampliou-se e aprofundou-se. Três músicos com substância foram mais além do engajamento entre si e puderam liderar belos momentos de êxtase improvisador. Eles, claramente, estão felizes em tocar juntos, e este desfrute é transferido, aos montes, aos ouvintes. Todas as músicas são escolhidas e bem colocadas, mas eles o fazem dentro das linhas que estouram, fervilham e crepitam. A quantidade de exploração criativa e oportunista entre as notas é conduzida pela segurança desenvolvida por cada um e suas inerentes sensibilidades.

Se você ainda não ouviu o original “Trilogy”, vencedor do Grammy, talvez devesse notar que este é mais do que um jazz tradicional. Corea tem se aventurado dentro de muitos aspectos do gênero em sua carreira, da avant-garde, ao free, ao elétrico, ao acústico, ao fusion e até mesmo mais free. Aqui você tem um puro trio de jazz, que nos coloca onde devíamos estar, embora sendo familiar o bastante para aparecer como um velho amigo. Há um balanço delicado do trio em harmonia e solos. Estes, realizados pelos três mestres nunca são forçados ou soam como todos ensaiados. Eles deslizam com sutil naturalidade e fluência. Como uma unidade eles estão, claramente, ouvindo um ao outro e respondendo ao diálogo com uma confiança de compreensão que empresta a si mesmo interações provocadoras. Eles não têm pressa, levando o ouvinte para uma jornada maravilhosa. O passeio supera o destino, embora o local da aterrissagem possa ser mais legal.

McBride e Blade primorosamente ilustram aquilo sobre a existência de mais de um caminho a ser seguido. Suas dinâmicas e interações com Corea são imensamente diferentes do que com antigos colaboradores como Dave Weckl e John Patitucci. Nem melhor, nem pior, não é uma competição. É jazz moderno e improvisado na mais alta ordem. Entretanto, Corea escolheu a dedo todas as canções, McBride e Blade pediram, e receberam, a oportunidade para tocar o clássico de Corea, "Now He Sings, Now He Sobs". É a primeira vez que foi gravado desde a primeira versão original em estúdio em trio com Miroslav Vitous e Roy Haynes como a faixa título de “Now He Sings, Now He Sobs (Solid State, 1968)”. Sobre metade do século passado, Corea adiciona outro brilhante capítulo para sua carreira e nossa atenção.

Faixas: Disco 1: How Deep Is The Ocean; 500 Miles High; Crepuscule With Nellie; Work; But Beautiful; La Fiesta. Disco 2: Eiderdown; All Blues; Pastime Paradise; Now He Sings, Now He Sobs; Serenity; Lotus Blossom.

Músicos: Chick Corea: piano; Christian McBride: baixo; Brian Blade: bateria.

Nota: Este álbum foi listado entre os 40 melhores de 2019 por críticos da JazzTimes.

Fonte: JIM WORSLEY (AllAboutJazz)

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