
Com “Munich 2016”, o
modelo completo de sua forma de compor espontânea é fácil de detectar: Ele
inicia com uma exposição em forma livre (Part I), retorna para ela brevemente
(Part VII) e recapitula em uma conclusão estridente (Part XII). Porém, seguindo
a primeira das duas evoluções, ele retorna para uma serena contemplação (Parts
II and VIII) apenas longa o bastante para eliminar expectativas. Nas seções que
seguem, os destaques tensionam entre os segmentos por aceleração em balanços gospel (Parts III–IV); saltando através
de arpejos descontraídos (Part V); divagando na melancolia, acordes bem afiados
(Part VI); improvisando em suave blues (Part IX) e relaxando com harmonizações
calorosas (Parts X–XI).
Jarrett gravou o álbum
no Philharmonic Hall em Munique quase
quatro anos atrás. Cada faixa encerra com estrondosos aplausos através da ampla
sala. Os números do bis—três familiares standards
de baixo suspense e alto conforto— obteve maior ovação. Porém, mesmo nestas bem
conhecidas melodias, o pianista manobra para encontrar algo unicamente
fascinante.
Faixas: Disco Um:
Munich, Parts I–V. Disco Dois: Munich, Parts VI–XII; Answer Me, My Love; It’s A
Lonesome Old Town; Somewhere Over The Rainbow. (44:49/48:46)
Nota:
Este álbum está entre os 40 melhores do ano de 2019 escolhidos por críticos da
JazzTimes.
Fonte: Suzanne Lorge
(DownBeat)
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