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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

NORMA WINSTONE & JOHN TAYLOR – IN CONCERT (Enodoc Records)

Quando John Taylor faleceu em 17 de Julho de 2015, aos 72 anos, o mundo do jazz perdeu um dos seus mais finos pianistas. Ao longo da sua carreira, ele gravou com gente como Arild Andersen, John Dankworth, Peter Erskine, Gil Evans. Jan Garbarek, Mike Gibbs, Charlie Haden, Lee Konitz, Enrico Rava, John Surman, Steve Swallow, Miroslav Vitous e Kenny Wheeler. Ele também foi o esteio das cenas jazzísticas britânica e europeia.

Norma Winstone (também conhecida como "o melhor segredo da Grã-Bretanha") é uma das mais finas vocalistas de jazz do Reino Unido. Em adição aos cerca de vinte álbuns feitos sob seu próprio nome ou como colíder ela gravou com Wheeler e Taylor no trio Azimuth e em grandes gravações de Wheeler como “ Song For Someone (Incus, 1973)” e “Music for Large & Small Ensembles (ECM, 1990)”. Ela também apareceu em álbuns seminais de Joe Harriott e em “Hum-Dono (EMI Columbia, 1969) ” de Amancio D'Silva e em “Labyrinth (Vertigo, 1973)” de Ian Carr. Seu próprio “Edge Of Time (Argo, 1972)”, gravado com  Taylor e a nata do jazz britânico, foi particularmente um impressionante álbum de estreia.

Este lançamento arquivístico resultou do concerto em Agosto de 1988 dado por Taylor e Winstone na Guildhall School of Music and Drama programado com pouca notícia anterior. O incrivelmente fluido do canto de Winstone em scat é evidente ao longo do trabalho, particularmente em números tais como "Ladies In Mercedes", "The Glide" e "In Your Own Sweet Way", acentuando seu talento natural por exteriorização e implementando a voz como um instrumento de improvo. O percussivo Taylor em "Coffee Time" é quase burlesca em sua excentricidade, com Winstone rogando à audiência para se unir a ela com o bater de mãos e evidenciando alguns dos mais feéricos scats. A principal parte do piano é uma sequência cativante de um esquema latino que modula rápida e frequentemente. A admirável sustentação de Winstone em Sol Maior, chegando ao minuto final de "Celeste" é um exemplo magnificente de seu incomparável talento vocal. O que “In Concert” demonstra sobre todo o resto é uma relação sinérgica extraordinária, que este par virtuoso partilha.

Faixas: Lucky To Be Me; Ladies In Mercedes; Cafe; The Glide; In Your Own Sweet Way; Round Midnight / Midnight Sun; Coffee Time; Celeste.

Fonte: Roger Farbey (AllAboutJazz)

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