
“Berlin People” passa por um início pouco promissor. Em
“Mount Meru”, Hornung executa um monótono bloco de acordes por oito minutos. A
melodia, retratada em firme uníssono por Meinhart e Rosenwinkel, é
aparentemente significante por ser misteriosa. Tudo o que você ouve é o piano
de Hornung. Porém, as coisas melhoram. Rosenwinkel ilumina este álbum cada vez
que toca. Seu penetrante som na guitarra é intensamente eletrificado, ainda
humano e pessoal.
Meinhart, como muitos dos jovens músicos de jazz atuais, quer
compor seu próprio material, mas é um melhor instrumentista do que compositor.
“It’s Not So Easy” é típico em todos ângulos difíceis, incrementados e
balançantes. O perfil reunido e requerido por Meinhart e Rosenwinkel para
manobrá-lo é impressionante, e a energia é feérica. Porém, o apresentado é mais
técnico que estético.
“Childhood” (para sua mãe), “Malala” (para Malala Yousafzai,
a vencedora do prêmio Nobel, cuja história tocou corações ao redor do mundo), e
“Alfred” (para seu avô) são composições com profundo significado para Meinhart.
Porém, suas melodias indescritíveis são meramente agradáveis. Este álbum passa
a ser verdadeiramente interessante só quando os solos iniciam. Rosenwinkel toma
as maiores tríades de “Childhood” e soa como eles. Meinhart é também um
improvisador consumado. Seu melhor momento é seu relaxado movimento, um passeio
amplo em “Serenity” de Joe Henderson.
A propósito, Hornung redime a si mesmo. Por conta própria,
“Früher War Alles Besser”, é uma bela balada com um balanço sublime, e seu
piano é extasiante e radiante.
Faixas: Mount Meru; Früher War Alles Besser; It's not so
easy; Malala; Be Free; Serenity; Childhood; Berlin People; Alfred.
Músicos: Tobias Meinhart: saxofone tenor; Ludwig Hornung:
piano; Tom Beckmann: baixo; Mathias Ruppig: bateria; Kurt Rosenwinkel: guitarra
(1, 3, 4, 6, 7).
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