O pianista de 28 anos, Dave Meder, é um jovem com técnica
prodigiosa e sérias ambições. No informe à imprensa, acompanhando sua gravação
com inéditas, ele afirma, “Filosoficamente, sou aquele após o elevado objetivo de
ser capaz de se fazer todas as coisas”. Porém, Meder faz ter credibilidade,
academicamente e nas ruas, para suportar seus sonhos. O mais jovem professor,
atualmente, da University of North Texas
College of Music, e um finalista, de 2019, do Cole Porter Fellowship of the American Pianists Association, ele
manteve trabalhos em igrejas no Bronx e sobreviveu a cortantes competições em
Manhattan, enquanto estudava com Kenny Barron, Jean-Michel Pilc e Fred Hersch, entre
outros.
Em “Passage”, Meder e seu trio formado com o baixista Tamir
Shmerling e o baterista Kush Abadey (unido a Chris Potter e Miguel Zenón, em
uma faixa cada) viaja através de diversos tempos e temas de forma reminiscente
a Oscar Peterson. A corrida dos dedos em círculo do pianista em torno de seus
músicos, parecendo deixar imponente espirais em trilhas químicas no ar.
Meder é, certamente, mais etéreo/cerebral que o funkeado/balanceado
das escolas de jazz, e suas composições são frequentemente tão intelectuais,
quanto sua destreza é vigorosa. “Elegy”, com Potter, é grande e como um sonho, com
um toque de soul. “For Wayne” também se posiciona em ponto alto em escala
sensível, com fragmentos de trinados dos pratos e o afago do piano liderando eventual
crescendo. O balanço fortificado de “The Old Rugged Cross” vem como uma rotina,
mas “Work” de Monk caem em linha, com o pianista se relacionando graciosamente.
No geral, uma primeira impressionante exibição por um grande músico promissor.
Faixa: Work; For Wayne; The Old Rugged Cross; This Road;
Break Points; Golden Hour; Passage; Healing Heart; Elegy; For You, For Me, For Evermore.
Músicos: David Meder: piano; Kush Abadey: bateria; Tamir
Shmerling: baixo (#1-8, 10); Marty Jaffe: baixo (#9); Miguel Zenon: saxofone
alto (#4); Chris Potter: saxofone tenor (#9).
Fonte: KEN MICALLEF (JazzTimes)
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