
“Sonero”, dedicado ao lendário cantor portorriquenho Ismael
Rivera, também invoca Charlie Parker, para o qual Rivera foi sua contraparte
vocal no mundo da salsa improvisada. Seu canto revolucionou a música folk com uma similar complexidade e grau
de inovação. Esta gravação é a genialidade da interseção de ambos, tão iluminada
quanto o quarteto de Zenón, uma banda de trabalho de quinze anos e quatro
álbuns anteriores.
Os destaques são numerosos. "Quítate de La Vía,
Perico", um clássico de 1961, imita a aceleração do trem, primeiro com a
arremetida do alto de Zenón, depois do piano de Luis Perdomo e da bateria de Henry
Cole. Este estímulo dá o caminho para a elegância de "Las Tumbas" e a
chamada e resposta ritmada de "El Negro Bembón". Em outra parte, o
quarteto atreve-se a assentar com peças como "Traigo Salsa" e
"Colobó". Onde Charlie Parker tomou melodias de jazz simples e tece
intricadas complexidades, Zenón desafia este conceito pela exibição das mesmas
inovações que Ismael Rivera incutiu na música latino-americana.
Faixas: Intro/Maelo A Capella; Quítate de La Vía, Perico;
Las Tumbas; El Negro Bembón; La Gata Montesa; Traigo Salsa; Las Caras Lindas;
Hola; Colobó; Si Te Contara; El Nazareno.
Músicos: Miguel Zenón: saxofone alto; Luis Perdomo: piano;
Hans Glawischnig: baixo; Henry Cole: bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
NT: Este disco foi listado entre os 40 melhores de 2019 pelos
críticos da JazzTimes.
Fonte: Mark Corroto (AllAboutJazz)
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