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quinta-feira, 2 de abril de 2020

G. CALVIN WESTON AND THE PHOENIX ORCHESTRA – DUST AND ASH (577)


Com o devido respeito a Makaya McCraven, G. Calvin Weston é um cientista original da batida. Como um inexperiente baterista adolescente em “Prime Time”, Weston ajudou a colocar a estética revolucionária de Ornette Coleman no mapa, e seu trabalho com James “Blood” Ulmer, John Lurie, Marc Ribot e James Carter tem, também, produzido muito fruto. A qualidade do seu trabalho como um acompanhante do avant-jazz tem sido reconhecida, mas seu amplamente eclético produto como líder não deveria ser negligenciado: um trio de gravações, criativamente, onívoras em 2012, apenas, seguidas de “Flying Kites” de 2015 (com o guitarrista Lucas Brode) e o trabalho solo, “Improv Messenger”, de 2016. Sua mais recente gravação é uma esperta maravilha, uma proeza funk/jazz/rock que coloca seu líder na magia.

Tendo estabelecido as batidas fortes como pedras de toque de Coleman como “Virgin Beauty” de 1988, Weston é certamente bem versado em fundir a harmolodics e cordas. Em “Dust and Ash”, um programa de sete faixas gravado com um novo grupo chamado Phoenix Orchestra (apresentando dois violinistas e um cellista), os resultados são de cair o queixo. O intenso amor de Weston pelos meandros estonteantes da Mahavishnu Orchestra de John McLaughlin vem no toque aqui, tão bem quanto a ação deformada da guitarra de Ribot e o órgão improvisador espalha-se, às vezes, a partir do colaborador John Medeski, apoiado pelos arranjos sublimes das cordas.

Após um prelúdio sonhador (o minuto e pouco da abertura, “With Open Wings”), Weston e The Phoenix Orchestra são vigorosos. Batidas pulsantes e ritmos, balanço elástico do baixo e lambidelas formam a fundação de músicas estranhamente cativantes como “Incarnate” e “Dance with Shadows”. Ao longo do trabalho, Weston—trabalhando ao lado do tecladista David Dzubinski—está com batidas ferozes como armadilhas. Em lugar nenhum, isto é mais evidente do que próximo aos sete minutos do solo de bateria atordoante, a adequadamente intitulada “Thunder”. Você não quererá escutar uma gravação mais funkeada que “Dust and Ash” neste ano.

Faixas

1 With Open Wings 1:19                             
2 Dust and Ash 8:41                       
3 Incarnate 5:11                              
4 Abstraction 2:10                          
5 Dance With Shadows 4:41                      
6 Thunder 6:37                
7 Endurance 4:57

Fonte: BRAD COHAN (JazzTimes)

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