
Isto não é um conceito radical de qualquer forma, claro, assim
é um consenso que um grupo como Triocracy
é mais livre do que algum dos predecessores da sua era da Terceira Via foram; eles
não têm que provar sua legitimidade para qualquer um no lado do “clássico” ou do
“jazz”. Isto se deve parcialmente à explanação da sua absoluta carência de
autoconsciência de as coisas entrelaçam-se, quebram livre, e então funde-se de
volta, improvisando individual e coletivamente, sequenciando entre “composta” e
“improvisada” passagem com tal falta de esforço, que a distinção virtualmente dissolve.
Liberdade das expectativas é também evidente na flexibilidade como Sanford e
seus companheiros de banda cruzam fronteiras entre gêneros, gerações e, mesmo,
épocas. Eles trazem apropriada (ainda que discreta e não forçada) reverencia a “Sarabande”
de Handel; eles passam de um registro para outra exuberância desembaraçada em
peças espontaneamente improvisadas (“Quick Change”, “Time Parameters”); eles
reinterpretam “And So It Goes” de Billy Joel e “You and I” de Stevie Wonder,
enriquecendo-as com ressonantes misturas harmônicas e uma quase serena
pregação.
Em inéditas como “Rip Tide”, “Bagheera’s Dance”, “Manic”, e
a faixa título, a jocosidade e seriedade da proposta fundem-se perfeitamente.
“Manic”, especialmente, faz jus ao seu título, como uma ilusoriamente tranquila
abertura de seção obscurece o tumulto fervilhante eriçado pelo solo tenor de
Bacas, apenas para alcançar resolução duramente conquistada ao final.
Faixas: Rip Tide; And So It Goes; Pyramid Scheme; That's All
There Is; Everything We've Always Wanted; Manic; "Quick Change"
(Improvisation #5); Sarabande; Outlaster; "Something Chordal"
(Improvisation #4); "Time Parameters" (Improvisation #3); Bagheera's
Dance; You and I.
Músicos: JC Sanford: trombone; Chris Bacas: saxes tenor e
soprano, clarinete; Andy Laster: saxes alto e barítono, clarinete.
Fonte: DAVID WHITEIS (JazzTimes)
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