O aclamado trompetista, multi-instrumentista, compositor e educador
Wadada Leo Smith lançou um oratório de sete canções inspirado pela líder
icônica dos direitos civis, Rosa Parks. Em suas próprias palavras, “Rosa Parks:
Pure Love”. Um Oratório de Sete Canções é "interessado em ideias,
liberdade e justiça, uma meditação centrada em torno do movimento de direitos
civis ". Olhando os mais de 50 anos de criatividade e visão artística, este
lançamento é ainda uma inspirada direção musical orgânica, que o estabeleceu
como um dos compositores, líderes e intérpretes de música contemporânea.
Com esta homenagem pessoal, Smith está tomando, ele mesmo e
sua audiência, outra jornada musical e espiritual, fazendo descobertas com
esparsa instrumentação, solo de vocalistas, palavras e apresentação de vídeo
histórico, com performances ao vivo marcadas para 2019. Este tributo para
Parks, belamente, mistura um mundo de partes vocal excepcionais entre a
Afro-Americana Karen Parks, Min Xiao-Fen da China e Carmina Escobar do México. Estas
vozes etéreas são acompanhadas por cordas pelo RedKoral Quartet e o Blue
Trumpet Quartet de Smith, Ted Daniel, Hugh Ragin e Graham Haynes. O
baterista Pheeroan AkLaff une-se na bateria e a música eletrônica é
providenciada por Hardedge. Com instrumentação minimalista, Smith continuamente
conduz a narrativa espiritual das ações extraordinárias e destemidas de Parks
que, nas palavras de Smith, "gerou um movimento pelo o mundo inteiro para
liberdade e justiça para a raça humana".
Embora, efetuando demandas da atenção do ouvinte em cada uma
das sete músicas, Smith apresenta a soma das partes, utilizando a completa
extensão de emoção disponível na instrumentação e vocal. Os títulos extraem os
sentimentos de Parks conforme ela faz sua jornada, com títulos tais como "Resistance
and Unity", "Defiance, Justice And Liberation" e "Postlude:
Victory!", composições de Smith que revelam uma contemplação de sons
evocando a completa extensão da humanidade de Rosa Parks.
Em conversação mais recente com Smith, com referência à
natureza e evolução desta música, a palavra "criação" é substituída
por "improvisação". Criação, de acordo com Smith é "o processo
de fazer arte no momento presente". Com este lançamento, Smith está
procurando apenas isto: para parafrasear sua explanação, emoção não é escrita
dentro de uma nota específica ou um trabalho solo. Do ponto de vista do músico,
ele explana, "escute Miles Davis ou Louis Armstrong—eles têm quatro a
cinco diferentes espécies de Si Bemol". Em seu altamente aclamado e
premiado lançamento de “America's National Park (2017, Cuneiform Records) - Nota : Resenha publicada neste blog em 6 de
agosto de 2018”, os temas de Smith também estabelecem um espírito dos
instrumentistas para esboçar suas próprias interpretações.
"Yellowstone", a ode de Smith ao primeiro National Park, compendia a reação espontânea e interação entre os instrumentos.
Claramente, Smith é um artista que observa fronteiras, mas
vê mais amplas paletas de sons singulares para uma capacidade individual de
tocar um instrumento. “Rosa Parks: Pure Love. An Oratorio of Seven Songs” de Smith
encontra um artista curioso, pegando oportunidades para explorar e descobrir
" o que está justo diante de nós", musicalmente, recompensando o
ouvinte ao longo do caminho.
Faixas: Prelude: Journey; Vision Dance 1: Resistance and
Unity; Rosa Parks: Mercy, Music for Double Quartet; Song 1: The Montgomery Bus
Boycott - 381 Days of Fire; Song 2: The First Light, Gold; Vision Dance 2:
Defiance, Justice and Liberation; Song 3: Change It!; Song 4: The Truth; Song
5: No Fear; Vision Dance 3: Rosa´s Blue Lake; Song 6: The Second Light; Vision
Dance 4: A Blue Casa; Song 7: Pure Love; The Known World: Apartheid; Postlude:
Victory!
Músicos: Wadada Leo Smith, compositor, trompete; Karen
Parks, vocalista; Min Xiao-Fen, vocalista; Carmina Escobar, vocalista; Shalini
Vijayan, violino; Mona Thian, violino; Andrew McIntosh, viola; Ashley Walters,
cello; Ted Daniels, trompete; Hugh Ragin, trompete; Graham Haynes, cornet;
Pheeroan akLaff, bateria; Hardedge, eletrônica;
Fonte: Doug Hall (AllAboutJazz)
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