O saxofonista alto Dmitry Baevsky e o pianista Jeb Patton
constituem um formidável e preciso instrumento de jazz, esticando e flexionando
os fundamentos do bebop dentro de
manifestos desenvolvidos que repõem a ausência de um baixista e baterista
excessivos. Os heróis individuais, de quem alguém espera do bop alguma evidência, são os caminhos no
quais as manobras em duo atuam como uma unidade, aquilo que realmente se espera.
Baevsky e Patton são jazzistas de meia idade com uma riqueza de experiência de
trabalho em bandas, junto e separadamente, ao redor do mundo. Estas
experiências, mais suas horas intermináveis de prática e reflexão, e um envolvimento
em progresso para desenvolver e mudar, ressoam ao longo das dez faixas do disco.
Os materiais de “We Two” estão compreendidos entre
composições, não frequentemente interpretadas, de Horace Silver, McCoy Tyner,
Duke Ellington, Charlie Parker, Jimmy Heath e Cole Porter, mais "Something
for Sonny" de Baevsky, que se estabelece tranquilamente ao longo do
trabalho dos seus celebrados predecessores. Os tratamentos dos líderes são, em
si, dignos de nota. Durante as faixas animadas, as partes entrelaçadas de Baevsky
e Patton permitem breves e audaciosas intercalações. Patton move-se rapidamente
dentro e fora da melodia em "Inception" e "The Serpent's
Tooth" habilmente logrando papeis harmônicos, rítmicos e melódicos sem
brecar os passos largos. Seu suporte aos solos de Baevsky ao longo do trabalho
é adequado a um músico, cujo interesse nos acompanhamentos no piano para o jazz,
estende-se em dois livros institucionais publicados.
Em "Something for Sonny" e "Fools Rush
In" o duo engendra como um relaxado, afável suíngue do sapateado, que
serve como um lembrete bop é
frequentemente despreocupado e facilmente acessível. "Quasimodo" quase
suspendeu o espaço, não publicamente declarando um tempo estrito como Baevsky e
Patton executam a melodia em uníssono. A liderança de "You'd Be So Easy to
Love" é interpretada em um par de caminhos. No ataque de Baevsky, confirma-se
suas credenciais como baladeiro, sincero e vulnerável, sutilmente, oferece
dinâmicas flutuantes e nuances emocionais. No caminho da saída, a faixa do duo
soa mais vívida, mas não menos sincera.
O caráter dos solos individuais é invariavelmente amarrado
ao tenor do material. A reviravolta de Baevsky em "Don't Let the Sun Catch
You Cryin'", outra deliberadamente compassada, tomada em registro baixo, abandona
a extensa, rápida e delgada cadeia de notas que são características de seu estilo.
Em vez disto, Baevsky usualmente puxa pouco para cima, refletidamente encerrando
as frases antes delas virem a serem prolixas e desnecessariamente autossuficientes.
O relacionamento entre as mãos esquerda e direita de Patton—soltas, inquisitivas,
ainda que, no final das contas, estáveis—é evidente em toda à parte empolgada de
"Inception", onde acordes estocam o ímpeto de suas linhas em simples nota.
Estabelecendo uma identidade definida, individual e
coletivamente, enquanto navegando, dita um gênero de jazz fundamenta, o quel
não significa uma façanha. Contribuições de Baevsky e Patton para a tradição do
bop faz a audição revigorante. Altamente recomendável.
Faixas:
Swingin' the Samba; Something for Sonny; Inception; Le Suerier Velours; All
Through the Night; Don't Let the Sun Catch You Cryin'; Fools Rush In; The
Serpent's Tooth; Quasimodo; You'd Be So Easy To Love.
Músicos:
Dmitry Baevsky: sax alto; Jeb Patton: piano.
Fonte:
David A. Orthmann (AllAboutJazz)
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