
Realmente, este trabalho é mais uma vitrine para Talmor como
é para Konitz, as orquestrações em noneto são trabalhos completamente
concebidos em si, minissinfonias, de fato. Por sua parte, o tom do nonagenário Konitz
está facilitando algo, seu vibrato mais amplo e mais aquoso em certos locais, e,
especialmente, nas baladas, ele está adicionando algum xarope em sua entonação,
com seu coração mais visível em sua conexão (como se ele pudesse agora permitir
revelar uma vulnerabilidade que deve ter sido um anátema em seus dias de Jovens Turcos). Ele continua a improvisar,
primariamente, na melodia em vez de numa estrutura de acorde e, a despeito de
sua abordagem cerebral e de sua firme evasão de sentimentalidade, ele permanece
um instrumentista profundamente comovente, se por nenhuma outra razão do que sua
profunda execução, palpável com bela obsessão. Embora haja um senso de
isolamento, uma completa solidão no âmago da sua narrativa, ele, entretanto,
relaxa em sua intimidade de comunicação com seus companheiros músicos (e, por
implicação, com o ouvinte), invocando uma espiritualidade um pouco profunda, se
não necessariamente manifesta, tais como místicos do free-jazz como Coltrane, Ayler, e seus discípulos atuais.
Faixas
1 Good
Bye 5:55
2 Foolin'
Myself 4:28
3 In the
Wee Small Hours 4:41
4 Kary's
Trance 5:27
5 I
Cover the Waterfront 9:34
6 This
Is Always 7:28
7 You Go
To My Head 6:45
8 Blues
4:46
Músicos:
Lee Konitz – saxofone alto; Ohad Talmor – saxofone tenor (5), arranjador,
condutor; Caroline Davis - flauta; Christof Knoche – clarinete; Denis Lee –
clarinete baixo; Judith Insell – viola; Mariel Roberts – cello; Dimos
Goudaroulis – cello; Christopher Tordini - baixo
George
Schuller – bateria.
Fonte: DAVID
WHITEIS (JazzTimes)
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