A audição dos quatro membros do Satoyama concretiza-se em seu terceiro álbum, “Magic Forest”, e é
como observar quatro habilidosos pintores no trabalho. Você pode ouvir,
claramente, isto na maioria dos números como “One Part Per Million”, a segunda
faixa do disco, no qual os músicos empregam suas vozes distintas para
conquistar fortes efeitos texturais. O trompetista Luca Benedetto busca através
de quadros sonoros, com ataques prolongados, estabelecer a paleta integral da
canção, enquanto o guitarrista Christian Russano, o baixista Marco Bellafiore e
o baterista Gabriele Luttino pulverizam um pouco, às vezes com lambidelas, com
fogo rápido. A abordagem funciona, especialmente bem, na faixa título que
conclui o álbum, que apresenta melodias melífluas do arco do baixo de Bellafiore,
rastreando o esboço da floresta encantada do grupo.
Às vezes, é fácil ser atraído por um turbilhão de texturas e
timbres. Muitas das nove faixas do álbum emprestam uma espécie de ambiente
evocativo encontrado em house ou
chillwave music, notavelmente em números como “Aral” e “Leave”. Há um
efeito hipnótico na valsa para ballet “Sovation” e na fantástica “Winter Rise”,
como uma fantasia de Shakespeare ou uma lenda encantada Europeia. De qualquer
modo, como estas fábulas, há uma mais ominosa corrente subjacente. Isto vem das
preocupações ambientais que informam o espírito do álbum.
A transmissão de mensagens está enlameada. A ativista Lucia
Panzieri contribui com uma peça carregada de recitação em “Dry Land” e há uma
urgência que comanda muito das nove faixas, porém até Panzieri assumir o
microfone na penúltima faixa, você não conheceria, necessariamente, o aspecto
político. Mesmo assim, a charmosa qualidade do trabalho de Satoyama faz “Magic
Forest” uma meritória audição.
Faixas
1. Plastic
Whale 03:17
2. One
Part Per Milion 04:22
3. Aral
05:20
4. Melting
Point 04:33
5. Leave
04:08
6. Sovation
05:35
7. Winter
Rise 08:26
8. Dry
Land 03:13
9. Magic
Forest 07:03
Músicos: Luca Benedetto – trompete; Christian Russano –
guitarra; Marco Bellafiore – baixo; Gabriele Luttino – bateria.
Fonte: JACKSON
SINNENBERG (JazzTimes)
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