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domingo, 17 de maio de 2020

TEODROSS AVERY – AFTER THE RAIN : A NIGHT FOR COLTRANE (Tompkins Square)


Todos os modernos saxofonistas com excelências pungentes remetem a John Coltrane de uma forma ou outra. Coltrane empurrou fronteiras e exibiu novos caminhos na música e nunca parou de pesquisar. Afortunadamente, novas gerações têm estado pronto para dominar e recolher as lições que Coltrane ensinou.

Um deles é o saxofonista Dr. Teodross Avery. Estimulado pelo seu pai, Avery começou tocando a guitarra clássica, mas a audição de “Giant Steps (Atlantic, 1959)” de Coltrane o ajudou a compreender que o saxofone era o instrumento certo,  desde então ele nunca olhou para trás. Avery gravou como líder para selos maiores e realizou numerosas sessões e concertos como acompanhante. Atualmente ele está ensinando na California State University Dominguez Hills onde ele é o diretor da Jazz Studies and Commercial Music.

Como um músico e estudioso, Teodross Avery é, ainda, uma profunda genuflexão para Coltrane, e o álbum: “After the Rain: A Night for Coltrane”, lançado por Tompkins Square em uma bela embalagem com notas por Ben Ratliff, captura em um espirituoso concerto ao vivo de 2018. Ele cobre uma amplo leque do repertório de Coltrane de uma composição inicial como "Bakai" a "Pursuence" da obra de arte “A Love Supreme (Impulse!, 1965)”. Porém, a ênfase é em “Africa/Brass (Impulse!, 1961)”, com duas faixas ("Africa" e "Blues Minor") fora deste álbum três músicas apresentadas , apenas "Greensleeves" está ausente.

Avery utiliza um dos formatos favoritos de Coltrane, o quarteto, e reuniu uma formação estelar de músicos com ideias semelhantes. O pianista Adam Shulman toca com pegada e invenção melódica, enquanto o baixista Jeff Chambers toma o grupo em transe e irrompe tão tranquilamente quando hipnotizante, que estala os dedos. Seu solo com o arco em "Africa" é uma parte integrada de narrativa musical como é o perfeitamente compassado solo de bateria de Darell Green no final de "Pursuance".
O próprio Avery é que mantém o fogo em combustão, transitando entre irrupções de grasnidos e intensidade gutural e melodias suavemente cantaroladas como a leitura pura da balada da faixa título. Ele facilmente contrabalança os aspectos diferentes da arte de Coltrane da profunda imersão no blues e spirituals para a balada e explorações avant-garde. Há algo aqui para cada fã de Coltrane. A música não é bastante tradicional para arremessar adiante e sentir-se livre, tal como o conceito de balanços e melodias.

Há uma razão para ser aceitável o trabalho de John Coltrane deixado para trás, mas é importante lembrar que este legado é ainda relevante para a música atual. Pharoah Sanders, um mestre em seu próprio modo, está ainda tocando Coltrane e Theodross Avery é outro exemplo de alguém que encontra continuamente novos segredos para destravar em sua música. É um privilégio ouvir alguém que pesquisa profundamente o universo de Coltrane.

Faixas: Blues Minor; Bakai; Afro Blue; After the Rain; Africa; Pursuance.

Músicos: Teodross Avery: saxofones tenor & soprano; Adam Shulman: piano; Jeff Chambers: baixo acústico; Darrell Green: bateria.

Fonte: Jakob Baekgaard (AllAboutJazz)

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