
Um deles é o saxofonista Dr. Teodross Avery. Estimulado pelo
seu pai, Avery começou tocando a guitarra clássica, mas a audição de “Giant
Steps (Atlantic, 1959)” de Coltrane o ajudou a compreender que o saxofone era o
instrumento certo, desde então ele nunca
olhou para trás. Avery gravou como líder para selos maiores e realizou
numerosas sessões e concertos como acompanhante. Atualmente ele está ensinando
na California State University Dominguez Hills onde ele é o diretor da Jazz Studies and Commercial Music.
Como um músico e estudioso, Teodross Avery é, ainda, uma
profunda genuflexão para Coltrane, e o álbum: “After the Rain: A Night for
Coltrane”, lançado por Tompkins Square em uma bela embalagem com notas por Ben
Ratliff, captura em um espirituoso concerto ao vivo de 2018. Ele cobre uma
amplo leque do repertório de Coltrane de uma composição inicial como "Bakai"
a "Pursuence" da obra de arte “A Love Supreme (Impulse!, 1965)”. Porém,
a ênfase é em “Africa/Brass (Impulse!, 1961)”, com duas faixas
("Africa" e "Blues Minor") fora deste álbum três músicas
apresentadas , apenas "Greensleeves" está ausente.
Avery utiliza um dos formatos favoritos de Coltrane, o
quarteto, e reuniu uma formação estelar de músicos com ideias semelhantes. O pianista
Adam Shulman toca com pegada e invenção melódica, enquanto o baixista Jeff
Chambers toma o grupo em transe e irrompe tão tranquilamente quando
hipnotizante, que estala os dedos. Seu solo com o arco em "Africa" é
uma parte integrada de narrativa musical como é o perfeitamente compassado solo
de bateria de Darell Green no final de "Pursuance".
O próprio Avery é que mantém o fogo em combustão, transitando
entre irrupções de grasnidos e intensidade gutural e melodias suavemente
cantaroladas como a leitura pura da balada da faixa título. Ele facilmente
contrabalança os aspectos diferentes da arte de Coltrane da profunda imersão no
blues e spirituals para a balada e
explorações avant-garde. Há algo aqui
para cada fã de Coltrane. A música não é bastante tradicional para arremessar
adiante e sentir-se livre, tal como o conceito de balanços e melodias.
Há uma razão para ser aceitável o trabalho de John Coltrane deixado
para trás, mas é importante lembrar que este legado é ainda relevante para a
música atual. Pharoah Sanders, um mestre em seu próprio modo, está ainda
tocando Coltrane e Theodross Avery é outro exemplo de alguém que encontra
continuamente novos segredos para destravar em sua música. É um privilégio
ouvir alguém que pesquisa profundamente o universo de Coltrane.
Faixas:
Blues Minor; Bakai; Afro Blue; After the Rain; Africa; Pursuance.
Músicos:
Teodross Avery: saxofones tenor & soprano; Adam Shulman: piano; Jeff Chambers:
baixo acústico; Darrell Green: bateria.
Fonte:
Jakob Baekgaard (AllAboutJazz)
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