
Quando Jackson fustiga o piano em vez de sintetizadores, como
na abertura “Holy Spirit”, o disco evoca diversos temas do clássico europeu e
música tradicional norte-americana graças às grandes entonações de Moffett, a
natureza desligada de Tixier, os instrumentos de Whitfield e o esparso
acompanhamento de Herzen em uma guitarra elétrica e acústica. Na subsequente
“Free the Slaves”, a linha de baixo funkeada de Moffett, inspirada no solo de
baixo de Stanley Clarke, e vocais ajudam a criar uma atmosfera muito diferente.
É um modelo recorrente. A terceira faixa é a única composição que não tem a
autoria de Moffett, “Precious Air” de Herzen, que atravessa estilos pop e folk
via sua sussurrante liderança vocal.
“O My God Elohim” adiciona elementos gospel e música irlandesa, graças à cadência em 6/8 de Moffett e
Whitfield e solos dançantes de Tixier. O disco apenas desvia quando Herzen vem
a ser excessivamente dissonante, mas tais momentos estão entre poucos. O disco
encerra, inspirado na Mahavishnu Orchestra, com “Netting” e, junto com a faixa
título, é uma peça hino que passeia nos ascendentes arpejos de Tixier e
Moffett.
Faixas:
Holy Spirit; Free The Slaves; Precious Air; O My God Elohim; Set It Free;
Waterfalls; Netting; Bright New Day. (43:30)
Músicos:
Charnett Moffett, baixo elétrico, vocal; Jana Herzen, guitarra, vocal; Scott
Tixier, violino; Brian Jackson, piano, sintetizador; Mark Whitfield Jr.,
bateria.
Fonte: BILL MEREDITH (JazzTimes)
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