
Por uma coisa, há uma facilidade do suíngue em músicas de Raible
como na sua composição “The Penguin”, que tem um pouco de, simplesmente,
ruidoso Monkismo, que não pode ficar obscuro. Ele também tem um discreto
presente para a atmosfera: Ele traz uma espécie de obscuridade enigmática para
sua versão de “On Green Dolphin Street”, que envolve cuidadosa organização de
sua mão esquerda e o trabalho de escovinha de Alvin Queen, que é algo agudo e
sensível. No momento, ouvintes emocionados para “Boogaloo—Baloo” de Raible, não
questionarão sobre o seu piano —a despeito do líder, outra vez, estar acenando
para Monk via uma familiaridade, sustando o passo em seu solo. Mesmo assim, seu
criativo espectro parece extravangantemente estreito, quando toca suas próprias
músicas: “Course De Ville” usa uma paráfrase em “Star Eyes” para sua introdução,
e então é seguida por uma melodia que praticamente tenta dissimular uma relação
com “Wail” de Bud Powell.
“Trio!” sente-se como um cabo de guerra artístico: Raible é
original o bastante para não ser triturado pelo peso da História do Jazz, mas
sua gravidade ainda tem uma vagamente segura languidez.
Faixas:
Ridin’ High; Smoke Gets In Your Eyes; I’ll Remember April; The Penguin; Night
Time Is My Mistress; Thelonious; On Green Dolphin Street; Off Minor; Somewhere
Over The Rainbow; Boogaloo—Baloo; Course De Ville; ’Round Midnight. (61:57)
Músicos: Claus Raible, piano; Giorgos Antoniou, baixo; Alvin
Queen, bateria.
Fonte:
Michael J. West (DownBeat)
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