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segunda-feira, 29 de junho de 2020

DAVE HOLLAND / ZAKIR HUSSAIN / CHRIS POTTER – GOOD HOPE (Edition)


Dois anos atrás, o mestre da tabla, Zakir Hussain, reunindo um sexteto chamado Crosscurrents, que reuniu músicos indianos e ocidentais para explorar o conteúdo do jazz nas partituras para os filmes de Bollywood. “Good Hope” expande este conceito de um grupo fervente para um trio, e passando o foco da música de cinema para uma abordagem mais generalizada.

Como Dave Holland acabou no topo no qual se iniciou o projeto de Hussain, alguém poderia também colocar para baixo, meramente, na ordem alfabética de sobrenome ou nota como o papel central do baixista está definindo o dom deste trio. “Good Hope” não é raga-jazz ou fusion Oriente-Encontra-Ocidente; é uma conversação entre sensibilidades, com a ação do baixo de Holland como ponte entre as tablas de Hussain e o tenor de Chris Potter.

“Ziand”, com a entonação de Potter que inicia o álbum, é um exemplo disso. Inicia com Holland estabelecendo uma linha melodiosa de refrões, cujo balanço é tranquilamente reforçado por um modelo por quatro consecuções de Hussain. Quando o tenor de Potter entra, o toque de Holland vem a ser contrapuntal, assim é menos com um baixo atrás do sax do que um par de improvisações entrelaçadas. Hussain segue sua liderança, ecoando e provocando elaborações rítmicas dentro de linha melódicas. A música definitivamente apresenta-se como jazz, porém, além disto, a identidade geral das influências dos gêneros é sutilmente misturada em sabores agitados, se ratatouille ou rogan josh.

Dada a qualidade dos instrumentistas, a música é frequentemente virtuosa, ainda que raramente de forma chamativa. No título da música, por instante, há plenitude de ferocidade na interação, mas a real surpresa agradável vem quando eles estabelecem a melodia, e você constata que estes acordes abaixo do animado tenor de Potter estão vindo do baixo de Holland. Similarmente, o solo de Hussain atinge o topo em “Lucky Seven” e encontra-o usando harmônicos e técnicas especiais nas mãos para fazer sons como bongôs, sinos e, mesmo, kalimba. Ainda que tudo isto seja feito tão tranquilamente, você deve aumentar o volume para apreciar plenamente sua genialidade, e quando foi a última vez que você necessitou acionar um solo de bateria?

Faixas

1 Ziandi 7.23
2 J Bhai 8.18
3 Lucky Seven 10.46
4 Suvarna 8.01
5 Island Feeling 7.12
6 Bedouin Trail 7.42
7 Good Hope 8.20
8 Mazad 8.39

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:


Fonte: J.D. CONSIDINE (JazzTimes)

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