
Atraída pela espiritualidade carregada do universo de
Pharoah Sanders e o domínio politicamente radical do grande e falecido pianista/compositor
Horace Tapscott, “Trible” inspirando um fascinante programa com canções com soul celestial. Seu caloroso e flexível
barítono pode planar dentro de um elevado território do tenor e estronda com
autoridade presunçosa. Da faixa de abertura, que dá título ao álbum, de Tapscott
e Linda Hill e “Mother” do pianista Nate Morgan e do poeta Kamau Daood para “Brother
Where Are You?” de Oscar Brown Jr. e “Song
for My Mother” do baixista James Leary, “Trible’ está preocupada com os
prazeres e mágoas que vêm com amigos e
parentes.
Cada nota que ele canta é uma presença numinosa. A percepção
de “Trible” é sempre um passarinho, buscando e celebrando o Criador, como em
sua gloriosa versão de “Thank You Master” de Donny Hathaway. Ele está unido por
um altamente simpático elenco multigeracional, incluindo Kamasi Washington e a violista
Miguel Atwood-Ferguson, o ascendente pianista Mark de Clive-Lowe e o veterano baixista
John B. Williams, soando vigorosos e comprometidos. O álbum conclui com duas
das suas melhores faixas, assim como “Trible” gira em torno do charme do emergente
standard de Carmen Lundy, “These
Things You Are to Me”, e apresenta uma dolorida “Some Other Time” , que traz à
mente Andy Bey, um mestre que também levou décadas de uma força submersa antes
de ganhar o devido reconhecimento.
Faixas: Mothership;
It’s All About Love; Mother; Brother Where Are You?; Standing In The Need Of
Prayer; Song For My Mother; Tomorrow Never Knows; Thank You Master; Desert
Fairy Princess; Walkin’ To Paradise; These Things You Are To Me; Some Other
Time.
Músicos: Dwight
Trible: vocal; Mark de Clive-Lowe: piano, Hammond
organ (8, 10); John B. Williams: baixo acústico; Ramses Rodriguez: bateria;
Kamasi Washington: saxofone tenor (1); Miguel Atwood-Ferguson: viola (4, 7, 9,
12); Maia: harpa (5, 9); Carlos Niño: hand
percussion (1, 2, 5, 7); Derf Reklaw: percussão (1, 2, 5).
Fonte: ANDREW
GILBERT (JazzTimes)
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