A música de Esperanza Spalding, frequentemente, tem
abraçado o esoterismo. Alcançando cerca de 77 horas, composta e gravada ao vivo
a partir de sua gravação de 2017, “Exposure”, com a colaboração dos ídolos pop Janelle
Monáe e Bruno Mars lançada, agora, através de um projeto inspirado pelas
práticas de purificação de Reiki, e a baixista/compositora certamente se
inspirou em diversas fontes. Embora, com ligações tangenciais, a música poderia
ser vista como uma distração a partir de seu conteúdo, Spalding provou, durante
sua carreira, que cada álbum emparelha temas intricados. “12 Little Spells” não
é diferente.
Inicialmente lançado ao longo de 12 dias através de 12 vídeos
no Facebook e Instagram, “12 Little Spells” é uma peça complexa e multifacetada
do trabalho, algo que funciona através do lirismo poético de Spalding tanto
mais quanto seus arranjos temáticos. A abertura “12 Little Spells” explode para
a vida com sondagens cinemáticas de flautas, estrondosos instrumentos de sopro
e guitarra vibrante conforme Spalding explana as virtudes do suporte torácico:
“Twelve little wells of golden ink/ Bone bottles mouth to tail. NT: Doze
pequenas fontes de tinta de ouro para escrever / Recipientes de ossos
empilhados de cabo a rabo, em tradução livre”.
O lirismo expressionista continua ao longo das 12 faixas
e quatro números extras, com destaque na considrável irreverência de “’Til The
Next Full”, descrevendo os globos oculares como “hollow,but presently holding
shape around a gooey filling NT: buraco, mas presentemente ajudando a modelar,
em torno, um sentimento viscoso, em tradução livre ” tão bem quanto o refrão
dublado de “The Longing Deep Down”: “It’s fucking hard to be longing/ And at
the same time to feel your own belonging NT: Esta trepando firme para ser
ardente / E ao mesmo tempo para sentir o seu próprio pertencimento, em tradução
livre, em tradução livre ”, aqui o humor se entrelaça com o arranjo
melodramático de Spalding para criar uma ironia ao lado de temas espirituais do
álbum. Suas reflexões em mente e corpo conversam com energias musicais.
Tomada como um todo, vigoroso, as reflexões do compositor
podem sentir-se abarrotado dentro de cada destas “pouco significa”. Enquanto
membros de sau banda, tais como o baterista Justin Tyson, sobressai-se na
batida programada de “Lest We Forget” e o guitarrista Matthew Stevens providencia
um lânguido, progressão charmosa em “’Til The Next Full”, Spalding encrava
muitos das faixas o bastante para a totalidade com sua poesia, sufocando a
chance da música respirar.
Claro, ela é estrela da gravação, um animado prodígio com
ideias aparentemente jorrando dos seus ouvidos em cada variação. Ela é uma
letrista cuidadosa, vocalista de clareza cristalina, baixista suingante e
pianista textural. “12 Little Spells” impulsiona Spalding além de um espaço
influenciado pelo pop na forma de compor, uma trajetória que começou em “Radio
Music Society” em 2012, onde os temas de jazz possuíam melodias contagiantes. Ainda,
a corrente híbrida na poética pop-jazz não pode compreender a massa das ideias
de Spalding. A gravação, possivelmente, beneficiaria ouvintes mais tempo para
tomar sua mensagem e mais espaço para sua música para transportar a
profundidade da sua criatividade.
Faixas: 12 Little
Spells; To Tide Us Over; ’Til The Next Full; Thang; Touch In Mine; The Longing
Deep Down; You Have To Dance; Now Know; All Limbs Are; Readying To Rise;
Dancing The Animal; With Others; Lest We Forget; How To; Move Many; Ways
Together. (71:31)
Músicos: Esperanza
Spalding, vocal, piano, órgão, baixo; Matthew Stevens, guitarra, baixo elétrico;
Justin Tyson, bateria, sintetizador; Aaron Burnett, saxofone; Burniss Travis, baixo
elétrico, vocal, baixo acústico; Rob Schwimmer, sintetizador; Corey King,
Atheel Elmalik, Azza Gallab, Britni Lonesome, Gemma Weekes, Lana Homeri, Morgan
Guerin, vocal; Yves Dharamraj (1), cello; Julietta Curenton (1), flauta, flauta
piccolo; Eric Reed, Laura Weiner, French horn (1); Richard Harris (1), trombone
tenor , trombone baixo; Brandon Ridenour, John Blevins, trompete (1); Margaret
Dyer Harris, viola (1); Katie Hyun, Sami Merdinian, violino (1).
Fonte: Ammar Kalia
(DownBeat)
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