
Hays tem feito gravações usando várias configurações por
duas décadas, mas o trabalho em formato de trio funciona bem especialmente para
ele. Ele apresenta um espírito intrépido e um forte senso harmônico e
iniciativa rítmica, que são, às vezes, embotados, quando ele traz outros elementos
para a mistura. Aqui, em 10 faixas, sete são inéditas e três são
reinterpretações, ele fixa-se nos fundamentos, evitando a repetição de humor,
mesmo que signifique drásticas justaposições. A tomada da abertura de “Scrapple
From the Apple”, de Bird, é atacada a partir de um lugar onde a velocidade e a
ferocidade são a regra; “Elegia”, que segue, domada, mas não menos mordaz. Em duas
faixas, “Violetta”, é espertamente ilustre, enquanto “Schumann’s Chamisso” conduz
o amor de Hays pelos clássicos. Há vezes que se questiona se mesmo três músicos
poderiam entalhar todas estas músicas, trabalho que eles fizeram em um único
dia, incidentalmente, não há compatibilidade telepática, já que elas são
obviamente compartilhadas.
O título do álbum é um aceno de Hays em respeito ao Harlem (que
é, após tudo, no Norte de Manhattan) e sua residência anterior, que foi no
interior de Nova York. Põe em marcha o movimento como um princípio de viagem,
sereno e livre, então um balanço subjacente chega e sugere o passado. Esta compreensão
instintiva de Hays, Jost e Joseph sobre as correlações é como trazer uma para
outra, sem emenda, e é â causa da união deles ser tão boa, que seja
bem-vinda.
Faixas:
Scrapple From The Apple; Elegia; Violetta; Schumann's Chamisso; Sweeet
Caroline; Where Did You Sleep; All Things Are; North; I'll Remember April;
Morning.
Músicos: Kevin Hays: piano; Rob Jost: baixo, ukulele; Greg
Joseph: bateria.
Fonte: Jeff Tamarkin (JazzTimes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário