
Ao longo do álbum, talentos como compositora e arranjadora providenciam a Mazur muitas nuances. Os metais e saxofones frequentemente criam
uma rica mistura, complementando a base através de três percussionistas (incluindo
Mazur) e baterista. O trompetista Hildegunn Øiseth utiliza um chifre de bode
como ponte para o intervalo entre a tradição europeia e o Art Ensemble of Chicago. “Behind Clouds” de Mazur dá a ela uma
oportunidade para exibir seu completo arsenal percussivo.
Ao mesmo tempo, muitos dos momentos mais fortes do álbum
parecem bastante como fragmentos que completam pensamentos. Das 16 faixas, nenhuma
alcança a marca dos seis minutos, e a maioria são significantemente mais curtas
que isto. Quando Lotte Anker complementa com seu saxofone tenor feérico o solo em
“Space Entry Dance”, soa como uma mera pausa na ação, mas é, na verdade, o
encerramento do álbum, e algo altamente anticlimático. A vocalização sem palavras onipresentes são declives
manhosos também. Algumas lembram a aura suave do trabalho de Lani Hall
com o , mas arfando e
balbuciando nas faixas mais livres apenas se sentem insípidas.
Brasil ’66
Faixas: New
Secret; Rytmeritual; CHAAS; Old Melody; Fragments; Crawl Out & Shine;
Behind Clouds; Time Ritual; Shabalasa; Heartshaped Moon; Surrealistic
Adventure; Momamajobas 1; Talk for 2; Momamajobas 2; Kalimbaprimis; Space Entry
Dance.
Músicos: Lotte Anker: sax; Josefine Cronholm: vocal e
percussão; Sissel Vera Pettersen: sax e vocal; Hildegunn Øiseth: trompete &
chifre de bode; Lis Wessberg: trombone; Makiko Hirabayashi: teclados; Ellen
Andrea Wang: baixo; Anna Lund: bateria; Lisbeth Diers: percussão; Tine Erica Aspaas:
dança & coreografia; Marilyn Mazur - compositor/líder, percussão &
kalimba.
Fonte: MIKE
SHANLEY (JazzTimes)
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