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segunda-feira, 13 de julho de 2020

MARY STALLINGS – SONGS WERE MADE TO SING (Smoke Sessions)


Mary Stallings tende a inspirar superlativos, e “Songs Were Made to Sing” é seguro para persuadir outro refrão bem merecido, louvor necessário. Lançado no limiar do 80° aniversário dela, o álbum captura uma artista sem idade, em completo vigor, que atinge o pico, consistentemente, desde que a Concord relançou sua carreira de gravação com uma série de excelentes álbuns nos anos 1990.

Uma estrela adolescente em San Francisco que aprendeu seu ofício atuando com gigantes como Ben Webster, Teddy Edwards e Louis Jordan, Stallings fez uma auspiciosa gravação de estreia como uma cantora de jazz com Cal Tjader em 1961. Embora, ela tenha dispendido uma dúzia de anos excursionando com artistas como Dizzy Gillespie, Billy Eckstine e Count Basie, ela não lançou outro álbum por quase três décadas. “Rediscovered”, diversas vezes desde então, Stallings apenas se mantém em ação, infundindo canções com um excesso de soul.

Uma picante inflexão do blues marca cada nota que Stallings canta, e seu bom gosto no material e de seus colaboradores nunca falham. Ela encontrou outro acompanhante e arranjador, aqui, o pianista David Hazeltine, que lidera uma seção rítmica de primeira com o baixista David Williams e o baterista Joe Farnsworth. Direto da fervura lenta da abertura, “Stolen Moments”, apresentando o saxofonista Vincent Herring e o trompetista Eddie Henderson, o álbum retorna outra vez para temas de pesar e melancólico sentimento, que é a marca emocional doce de Stallings.

Muito dos pontos altos do álbum inclui sua pregação do blues na letra de Abbey Lincoln para “Blue Monk” (com esperto comentário do sax alto de Herring), e uma devastadoramente lenta e urgente tomada em “Ill Wind”, que incita acompanhamento surdinado de Henderson. Stallings revela a inimitável personalidade em seu fraseado: A forma como ela insere pausa entre as palavras em “Ill Wind” na linha “deixe-me descansar hoje”, por exemplo, relembra-lhe sua declaração pela morte. Um artista de jazz em mais alta ordem, Stallings mantém seu legado.

Faixas

1 Stolen Moments 5:07               
2 Lover Man 4:28                            
3 Blue Monk 6:25                           
4 Ill Wind 7:14                  
5 While We're Young 4:41                          
6 Lady Bird 6:08                               
7 When I Close My Eyes 3:36                     
8 Prelude to a Kiss 3:59                
9 Third Time is the Charm 3:32                 
10 'Round Midnight 5:12                             
11 Soul Mates 5:34                        
12 Give Me the Simple Life 4:12                               
13 Sugar 5:14

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:



Fonte: ANDREW GILBERT (JazzTimes)

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