
A risada é parte de uma vasta formação de barulhos vocais,
timbres e técnicas que formam o elemento dominante do álbum. “Phallus and
Chalice” encontra o vocalista Julian Otis wordlessly conversando/discutindo, com
interjeições de uma terceira voz não creditada (provavelmente a própria Mitchell),
para deleite da audiência (O álbum foi gravado ao vivo no Art Institute of Chicago). Estas permutas são sombreadas por Mitchell
e a orquestra de câmara da violinista Zara Zaharieva, pelo trompetista Ben
LaMar Gay, pela cellista Tomeka Reid e pelo percussionista Avreeayl Ra. É uma
fascinante justaposição: Os instrumentos tocam uma espécie de contraponto atonal,
algo esperado do free jazz, mas o
contexto dos vocais dá-lhes um senso de foco e propósito.
Mesmo assim, Harris e Otis oferecem uma plenitude de
performances líricas e recitações de textos entre barulhos estranhos e
expectativas, enquanto o grupo realizam performances, algumas harmoniosas, arranjos
frequentemente delicados e improvisações—no entanto usualmente a serviço dos
vocais, como na adorável “Ownness”—entre suas excursões exteriores (Notavelmente,
a flauta de Mitchell está entre as vozes menos proeminentes, alguém imagina se
ela, similarmente, toma um lugar secundário na criação do trabalho). No todo, tem
forma misteriosa, mas também familiar e atrativa, mas, como contos de Butler,
de universos diferentes, que, estranhamente, nos refletem.
Faixas
1 Evernascence
/ Evanescence 2:34
2 Whispering
Flame 6:23
3 Biotic
Seeds 3:54
4 Yes
and Know 6:40
5 Ownness
6:36
6 Moving
Mirror 6:55
7 Whole
Black Collision 5:55
8 Phallus
and Chalice 6:51
9 Fluids
of Time 5:17
10 Elemental
Crux 5:47
11 Purify
Me with the Power to Self Transform 5:24
Fonte: MICHAEL
J. WEST (JazzTimes)
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