
Sua carreira sobrepôs-se com a dos luminares do jazz, tão
frequentemente, que qualquer tentativa de recitar com pressa uma lista
abrangente cairia no vazio. E sua conexão pessoal, musical e espiritual com seu
marido, John Coltrane, resultou não apenas em uma impressionante descendência,
que ainda influencia o mundo do jazz, mas gravou colaborações que ainda angariaria
admiração.
Seguindo a morte de John em 1967, Alice (1937–2007) iria
divulgar valioso trabalho por uma década, que se move da liderança de um jazz
espiritual da harpa para um órgão buscando a mais alta ordem e música
devocional que ganhou notoriedade o ano passado com o lançamento de “World
Spirituality Classics 1: The Ecstatic Music Of Alice Coltrane
Turiyasangitananda (Luaka Bop) ”.
Em busca do melhor esclarecimento dos seus trabalhos menos
conhecidos, “Superior Viaduct” relançado em 1971 e “Universal Consciousness” em
2015. “Lord Of Lords”, a segundo das três gravações consecutivas da líder, que usaria
uma seção de cordas, encontra Coltrane em um modo pomposo, cobrindo através das
manobras de uma orquestra completa.
Abrindo com uma melodia descendente de “Andromeda’s
Suffering”, Coltrane costura 25 instrumentos de cordas que entram e saem em
passagens de jazz interpretado aqui com o baixista Charlie Haden e o baterista
Ben Riley. O virtuosismo contínuo de suas composições, conduzindo e atuando
através de “Lord Of Lords” e seu par de álbuns relacionados é so mais assombroso,
quando contrastado com o trabalho da banda de Coltrane recentemente concluiu
com Pharaoh Sanders em álbuns como “Journey In Satchidananda”.
A espiritualidade luminosa embebida em cada faixa de “Lord
Of Lords” deve ser avassaladora para o não iniciado. Porém, ouvir Coltrane nos
faz ouvir uma ampla paleta de som, até mesmo antes de estar, subsequentemente,
inclinado ao sintetizador (embora ela faça o uso proeminente do instrumento em “Excerpts
From The Firebird”), ilustra que seu ato de compor, verdadeiramente, foi
maravilhosamente inimaginável.
Fonte: Dave
Cantor (DownBeat)
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