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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

ED PALERMO BIG BAND - A LOUSY DAY IN HARLEM (Sky Cat)


Há, frequentemente, uma nota de humor nos títulos e no trabalho de arte do arranjador/saxofonista/compositor Ed Palermo em suas gravações (O grande repertório não americano apresentado em várias canções da era da Invasão Britânica), e esta não é uma única exceção: A reinterpretação de A Lousy Day in Harlem combina com o clássico de 1958 do fotógrafo de Art Kane com 57 músicos de jazz reunidos em frente a um edifício de pedra no Harlem, com Palermo em frente à mesma construção, sozinho e desamparado. 

Porém, isto está onde o material divertido encerra; quando Palermo desce para uma música arranjada, ele está seriamente desligado. Diferentemente, esforços anteriores dele focado largamente em um simples compositor (mais frequentemente que não Frank Zappa), este programa vagueia amplamente. Um par de números —“Well You Needn’t” de Monk e “Minority” de Gigi Gryce —vem de números que apareceu nesta foto de 1958; o resto dos originais de Palermo ou interpretações de peças de contemporâneos (Renee Rosnes) e clássicos (Ellington). Ao longo do trabalho há uma uniformidade incontestável nos arranjos e a execução é feita continuamente. Música de orquestra do século XXI não traz mais nada excitante e impressionante que isto.

Entre peças de fontes externas, a música de Egberto Gismonti, “Sanfona”, é um particular destaque, deslizando facilmente entre tempos divergentes; o doce e atrevido saxofone soprano de Phil Chester é pontuado por inesperadas erupções de outros instrumentistas de sopro. As inéditas exibem aquilo que Palermo aprendeu bem dos mestres. A abertura, “Laurie Frink”, dedicada ao falecido trompetista, diverte as coisas a partir de um começo suingante, enquanto “Like Lee Morgan” dá aos trompetistas correntes da banda, John Bailey, uma oportunidade, não para imitar Morgan, mas o homenageia em seu próprio jeito. Dois saxofonistas tenores, Bill Straub e Ben Kono, acenam similarmente a Trane em uma animada e eletrificante “Giant Steps”. Nada nunca malfeito.

Faixas: 1. Laurie Frink | 2. Affinity | 3. Brasilliance | 4. Sanfona | 5. Like Lee Morgan | 6. The One with the Balloon | 7. Minority | 8. The Cowboy Song | 9. Well You Needn’t | 10. Giant Steps | 11. Next Year | 12. Gargoyles | 13. This Won’t Take Long

Músicos: Palhetas: Cliff Lyons – sax alto sax, clarinete, sax soprano em ‘Affinity’ | Phil Chester – sax alto e soprano, flauta, piccolo | Bill Straub – sax tenor, clarinete, flauta | Ben Kono – sax tenor, flauta, oboé | Barbara Cifelli – sax barítono, clarinete baixo, clarinete em Mi bemol maior | Ed Palermo – sax alto ; Trompetes: Ronnie Buttacavoli (líder) | John Bailey | Steve Jankowski; Trombones: Charley Gordon (líder) | Mike Boschen| Matt Ingman (trombone baixo); Bateria: Ray Marchica; Baixo Elétrico: Paul Adamy; Piano : Bob Quaranta; Teclado :Ted Kooshian; Arranjos : Ed Palermo

Fonte: JEFF TAMARKIN (JazzTimes)

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