
Embora haja uma grande porção de complexidade na música, a
maioria das canções apresenta Mamão, um membro fundador do "samba
doido" ("crazy samba") do futurista grupo brasileiro, Azymuth, com
dois ou três músicos, principalmente os tecladistas Maunick e Fernando Moraes e/ou,
em tempo integral, o baixista Alex Malheiros. O destaque é "Bacurau" uma
música com uma selva eletrônica do DIY com melodias percussivas e eletrificadas
que exploram profundamente a música dançante do Brasil, que surgem do outro
lado da música dançante da África, apresenta só Mamão e ninguém mais. Este
balanço flui forte e caloroso, não irritadiço e ressonante como outra música
dançante eletrônica, e faz o retrato de Conti, tranquilamente, estabelecer
todas estas diferentes melodias e máquina de ritmos e, então, permitindo a ele
mesmo um pequeno e tranquilo sorriso conforme sua música rola em seus próprios
termos. "Tempestades" de Conti é outra peça solo, apresentando seu
maravilhoso toque de bateria.
O título da faixa reflete e refrata o estilo disco
norte-americano dos anos 1970 e subsequente música do Eurodisco em detalhe
cintilante. O baixo da bateria sai da sua batida, disco metronômica, como uma
suave, mas insistente pulsação, ocasionalmente desencadeando uma pequena
cascata de notas, embora Mamão despeje extensas, suaves correntes de
sintetizadores e teclados no topo como uma bebida de verão. "Ecos Da
Mata", que emparelha Mamão com Maunick, parece capturar o som dentro da
mente de Sun Ra conforme ele atravessa uma pista de dança de disco brasileira—uma
diferente embalagem, um sabor diferente, mas o mesmo bombom doce.
Em outras partes do seu “Poison Fruit”, tais como
"Jemburi" e "Encontro", Mamão estende a arte do jazz
brasileiro com eletrônica explorada por George Duke e outros profissionais
antigos—muita música moderna no caminho que usa tecnologia digital, ainda, a
propósito, serve para manter o sentimentalismo real e genuíno.
Faixas: Aroeira; Jemburi; Encontro; Bacurau; Ninho; Ilha Da
Luz; O Ritual; Poison Fruit; Que Legal; Ecos Da Mata; Tempestades; Ilha Da Luz
(alcunha para "Mamão's Brake") Tenderlonious Remix; Encontro (aka
"Azul") Glenn Astro Remix; Que Legal Reginald Omas Mamode IV Remix;
Encontro (aka "Azul") Max Graef Remix; Poison Fruit (Dokta Venom's
Digital Dub Mix).
Músicos: Ivan Conti: bateria, vocal, percussão, sintetizadores,
teclados; Alex Malheiros: baixo, vocal; Fernando Moraes: Fender Rhodes,
sintetizadores, teclados; Daniel Maunick: sintetizadores, FX, teclados,
percussão; Thiago Martins: baixo, vocal, guitarra; Kiko Continentino: vocoder, sintetizadores; Tenderlonious: remixer; Glen Astro: remixer; Reginald Omas Mamode IV: remixer; Max Graef: remixer; Dokta Venom: remixer.
Fonte:
Chris M. Slawecki (AllAboutJazz)
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