
Mesmo assim, se as conexões históricas das músicas com a
guerra sugerem o conjunto desta gravação, que deve ser inspirada por raiva, sublevação
ou descontentamento, sinto, é um alarme falso: La Marseillaise é apenas tão
frequentemente pastoral quanto caprichosa. Há mesmo uma reinterpretação de “Misty”
de Erroll Garner, firme, uma canção que sugere uma eminente rebelião. Como ele
fez em 2017 em “Serious Play”, Gardony tempera variedade e viceja em uma
habilidosa navegação de dinâmicas.
A música foi gravada ao vivo no Keys Festival em Berklee, Boston, em 2019, onde Gardony deslizou
entre humores e estilos; de “Revolution” ele move-se, sem interrupção, para uma
tomada terna e cinemática no standard
napolitano, “O Sole Mio”, que, por vezes, move-se para longe do tema central,
no limiar do blues. Ele toca neste gênero outra vez em “Quiet Now” de Denny
Zeitlin e, mais diretamente, a inédita, que encerra o trabalho, “Bourbon Street
Boogie”. Porém, outra vez, ele não se mantém em lugar por muito tempo: A improvisada
“Four Notes Given” e “On the Spot” são brilhantes e majestosos exemplos de uma
criatividade em movimento em sua forma mais desenvolvida.
Faixas
1. Revolution 05:01
2. O Sole Mio 05:04
3. Four
Notes Given 04:36
4. Misty
05:59
5. Quiet
Now 04:50
6. On
The Spot 05:48
7.
Mockingbird 04:22
8.
Bourbon Street Boogie 04:14
Fonte: JEFF TAMARKIN (JazzTimes)
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