
A parceria de Blake e Ritter começou em 1981, quando Ritter chegou
para estudar no New England Conservatory,
onde Blake ensinou por meio século. A relação do mentor/estudante expandiu-se
em uma colaboração semelhante em 1988, quando Blake participou como convidado
na gravação de estreia de Ritter em “In Between (Zoning Recordings) ”.
Ritter e Blake, considerando suas discografias individuais,
estão borbulhando em “Eclipse Orange” sobre ideias distintas e discrepantes. O
melhor disco do ano de Blake, “Ghost Tones: Portraits of George Russell (A-side
Records, 2015) ” contém dezessete peças, incluindo a familiar "Autumn in
New York" abrindo e fechando o disco, imprensando "Telegram from
Gunther" (Schuller), "You Are My Sunshine" e
"StratusPhunk" e "Ezz-Thetic" de Russell. “Soho Solo
(Zoning Records, 2015) ” de Ritter suporta vinte músicas, dezoito composições
suas ao lado de "I've Got The World On A String" de Harold Arlen
encerrando o show e "Breakthru" de Ran Blake, deslocado na mistura
como um aceno para a seu ex-mentor.
“Eclipse Orange” inicia com uma exploração do solo de Ran
Blake, "Claire Ritter Story", uma tirada do chapéu para sua ex aprendiz
com três canções em medley de
composições de Claire Ritter, incluindo a canção título do disco, que a equipe
reprisa posteriormente como os dois pianos ofertando. O dueto é algo que exibe
os estilos paralelos de Ritter e Blake, que abraçam "o belo, e melodias
assombrosas" e profundas introspecções em cores e entonação, espaço e
angularidades inesperadas.
Da sua parte, Blake traz as influências do Third Stream de Gunther Schuller— como o
Blake foi preceptor de Ritter, Schuller foi preceptor de Blake—gospel, temas de
filmes noir e Thelonious Monk em
adição às singulares estruturas harmônicas e melódico fraseado idiossincrático.
Mais da sua influência tem penetrado na obra de Ritter. Ela também traz a
influência clássica ao lado do suingue e passo rápido ocasional. Em dueto com Blake,
ela escolhe uma particularmente espinhosa "Blue Monk", do repertório
de Monk, antes, ela flui, talvez, dentro de uma das suas mais belas
composições, uma tomada solo da canção título do disco.
Ritter e Blake trabalham com concisão, sem longas
extrapolações, notas não desperdiçadas; Eclipse Orange é um desdobramento de
vinte músicas sucintas, de dois a cinco minutos de duração—um par de
composições de Monk, uma canção de Gershwin ("Summertime"), uma
"Brazil Melody", uma composição de Harold Arlen, "Somewhere Over
The Rainbow" ao lado de um punhado de composições de Blake e mais um
punhado da lavra de Ritter, em trabalho solo ou em duo. "I Mean You" de
Monk é uma versão de piano/saxofone (Ritter e Kevin O'Doherty), que exibe os
bons tempos e a alegria ruidosa. "In Between" da lavra de Ritter, apresenta
Blake e Ritter pintando uma cena de serenidade e beleza reflexiva. Ritter acena
para sua ex-professora, a pianista Mary Lou Williams, com a angular, ainda que
alegre, "Backbone". Eles encerram com um dueto em "Integrity"
de Ritter , um perfeito brilho infinito da estrela do som, no qual o título resume a abordagem artística dos
artistas.
Faixas:
Claire Ritter Story; Blue Monk; Eclipse Orange; Backbone; Short Life Of Barbara
Monk; I Mean You; In Between; Blue Grits; Emerald & The Breeze; High Top
Sneakers; Summertime; Waltzing The Splendor; Improvisation On Selma; Karma
Waltz; Breakthru; Cool Digs; There's Been A Change; Brazil Medley; Over The
Rainbow, Integrity.
Músicos:
Claire Ritter: piano; Ran Blake: piano; Kent O'Doherty: saxofone (6, 8, 10, 14,
16).
Fonte: Dan McClenaghan (AllAboutJazz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário