A faixa título de “Keratoconus” atinge o solo correndo. Denominação
de uma doença crônica do olho que o líder/trombonista, JC Sanford, sofre, a
peça de 93 segundos combina um acompanhamento com tensa melodia no trombone. Sanford
tem uma entonação suja como
característica e o guitarrsita Zacc Harris impulsiona alguns efeitos ao ponto
de se aproximar de um modulador de campainha. Porém, a manifesta agressão
encerra com esta canção, seguida por humores que vão desde o suntuoso ao
humorado, com resultados variados.
Sanford que estudou com Bob Brookmeyer e trabalhou em Nova
York em projetos com John Hollenbeck e seu próprio grupo, o Triocracy e a JC Sanford Orchestra, formou o quarteto após passar a residir no
Estado de Minnesota em 2016. O conjunto do irmão de Chris e JT Bates conduzem o
baixo e a bateria, respectivamente. O arco de Chris inicia a exibição na balada
“Umm, Yeah”, sob uma escolha clara de Harris. Uma versão de “All the Things You
Are”, astutamente, dispensa o tema, preferindo focar no presente de uma melodia
espontânea do líder.
Com tal unidade coesa, é desapontador que “JT Rex” fique
assim, aproximadamente, em seu para-arranca melodia, pontuada pelo
preenchimento comum da bateria. A coda surpresa
desta canção empodera acordes e aponta para a sagacidade de Sanford, que alimenta
poucas faixas. “Bates Brothers Boy Band” entulha uma batida disco contra uma
melodia “errada”, que se desprende mais simplesmente. “Selfish Shellfish” é irritantemente
repetitiva. A coda falada revela como o título modelou o ritmo da música, não sendo
mérito a espera. O quarteto soa melhor em “Robins in Snow”, outra configuração
de uma forte balada, e “Zaccfarben”, na qual o guitarrista Harris traz à mente Frisell
e o sentimento estabelece um pequeno rubato.
Faixas: Keratoconus;
Umm, Yeah! ; Bates Brothers Boy Band; Robins In Snow; JT Rex; All The Things
You Are; Zaccfarben; Selfish Shellfish.
Músicos: JC Sanford: trombone; Zacc Harris: guitarra; Chris
Bates: baixo; JT Bates: bateria.
Fonte: MIKE
SHANLEY (JazzTimes)
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