O nome da banda do saxofonista Silke Eberhard, sempre mudando, Potsa Lotsa deriva de título alternativo para a composição de Eric Dolphy, “Number Eight”. Quando ele começou a gravação sob o nome, Eberhard devotou-se a celebrar o trabalho de Dolphy. Nesta versão apimentada do grupo—um tenteto apresentando cello, vibrafone e uma plenitude de instrumentos de sopro—a concentração está no material inédito, mas material tocado dentro do som de Dolphy.
Cada faixa em “Silk Songs For Space Dogs” aconchega-se na
zona do início do free-jazz e do post-bop para sangrar juntos. “Max
Bialystock” inicia com vários instrumentos crepitando em poucos grupos de notas
e barulho, confrontando e conectando até explodir adiante em um ritmo
atropelante, que é, em partes iguais, Duke Ellington e The Lounge Lizards. A bateria
de Kay Lübke e o trombone de Gerhard Gschlößl festivamente caem no meio do
faixa de encerramento do álbum “Song In Orange”. A tensão que atravessa entre
os dois lados da inteligência composicional de Eberhard dá a “Silk Songs” seu
brilho. Estes momentos de desordem nunca chegam quando você espera, entretanto.
E na rara ocasião que este Potsa Lotsa
decide tocar inteiramente direto, o alívio que chega como incerteza desaparece.
É divino.
Faixas: Max
Bialystock; Crossing Colours; Skeletons And Silhouettes; Fünfer, Or Higher You
Animals; Ecstasy On Your Feet; Schirm; One For Laika; Song In Orange. (51:47)
Músicos:
Silke Eberhard, saxofone alto; Nikolaus Neuser, trompete; Gerhard Gschlößl,
trombone; Jürgen Kupke, clarinete; Johannes Fink, cello; Patrick Braun, saxofone
tenor, clarinete; Taiko Saito, vibrafone; Antonis Anissegos, piano; Igor
Spallati, baixo; Kay Lübke, bateria.
Fonte: Robert
Ham (DownBeat)
Nenhum comentário:
Postar um comentário