Raro é o músico que permanece estático através da carreira dele, e com sua vida profissional datando do meado dos anos 1990, Ben Monder teve tempo suficiente para mudar o curso, quando o desejo bate. Desde seu lançamento de estreia, ”Flux (Songlines,1995) ”, ele lançou um punhado de impressionantes álbuns, que seguem seus passos, tão bem quanto as infrequentes colaborações com o vocalista Theo Bleckmann. Ele também foi selecionado para tocar guitarra no álbum final de David Bowie. Querendo por anos interpretar composições de outros compositores, Monder finalmente realiza seu desejo em “Day After Day”, um disco duplo com quinze canções.
O primeiro destes discos é um solo
de um conjunto de sete clássicos. Estes incluem interpretações de baladas
clássicas de Frank Sinatra; a borbulhante "Emily" tão bem quanto uma moderada
"My One and Only Love", que solta algumas das versões vigorosas que o
jubiloso e velho “blue eyes- NT: olhos azuis” já teve. Monder, também, arranca
seu caminho através de "Windows Of The World" de Burt Bacharach.
Destituído de vocal, sua interpretação, bastante fidedigna, permanece discreta
por cinco minutos antes de passar para um final angustiado. A primeira metade
de “Day After Day” é apresentada como uma muito íntima, se não, ousada performance.
Desordem como se sentando em torno de uma fogueira, como Monder permanece
ligado ao longo do trabalho, é mais parecido a ser única no estúdio com ele, sua
guitarra latente em seu percurso, com intento em, simplesmente, ter um bom
tempo para contar uma estória.
A segunda metade de “Day After Day”
afasta-se do moderado intimismo do primeiro. Monder adiciona um par de
expressões familiares do baixista Matt Brewer e do baterista Ted Poor, para
oito novas interpretações. Estas dão ao segundo disco um pouco de sabor yin e
yang, separando experiências complementares. A faixa título é uma exploração
auditiva ímpar, que carrega um pouco de semelhança com o sucesso do que o rock
britânico dos anos 1970 outrora foi. Reinterpretações de canções dos Beatles e
Bread são inusitadas, ainda que alegres, enquanto "Goldfinger" de
John Barry alcança retumbante atualização, fazendo o tema clássico de James
Bond muito mais pesado sem perder sua leveza. Richard Carpenter foi um dos mais
talentosos arranjadores pop dos anos 1970. Aqui, Monder toma seu "Only
Yesterday" e mantém o brilho, entonação arejada, mas faz do seu jeito,
removendo o saxofone, o oboé, castanholas e maracas.
“Day After Day” permanece,
independentemente, como um lado agradável do desenvolvimento do catálogo de Ben
Monder. Ao contrário do aprofundamento de sua música sob o rumo forjado de seus
lançamentos anteriores, ele tem , em vez disto, criado algo inteiramente
diferente, que , majoritariamente,
obtém sucesso em seus próprios méritos.
Faixas: Disco 1: Dreamsville; Emily; O Sacrum Convivium; My One And Only
Love; The Windows Of The World; Never Let Me Go; The Midnight Sun Will Never
Set. Disco 2: Galveston; Dust; Long, Long, Long; The Guitar Man; Goldfinger;
Only Yesterday; Just Like A Woman, Day After Day.
Músicos: Ben Monder: guitarra e
violão; Matt Brewer: baixo acústico e elétrico; Ted Poor: bateria.
Fonte: Peter Hoetjes
(AllAboutJazz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário