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domingo, 22 de novembro de 2020

JULIAN LAGE – LOVE HURTS

 

Julian Lage é um tremendo e talentoso guitarrista acústico e, por todas as contas, uma espécie delicada e suave. Embora esta não deva ser a estória completa. A pintura da capa do seu álbum é de vinte fósforos usados, que é pensado para se referir às suas preocupações de vir a ser queimado após ser aclamado como menino prodígio, sobrecarregado com expectativas imponentes de seus admiradores.

Lage era um guitarrista de blues realizado, quando apresentou o documentário nominado ao Oscar, Jules at Eight. Um ano mais tarde, ele foi convidado ao palco para intercambiar toques com Carlos Santana. Em sua adolescência, ele atuou com o virtuoso banjoísta Bela Fleck, com seu bluegrass e o escolhendo, a dedo, o ás Doc Watson e o vibrafonista do jazz, Gary Burton. Agora aos 30 anos, ele já não sente a necessidade para tais demonstrações de virtuosismo.

Lage, residente em Nova York, narrou à revista Rolling Stone: "Eu lembro muito vividamente quando garoto e as pessoas dizendo, 'Você é muito bom para um jovem da sua idade'. Eu dizia, muito obrigado', mas eu estava pensando, eu quero ser bom em qualquer idade. Este era meu objetivo”.

Ele começa com melancolia em "In Heaven" de Peter Scott Ivers, um gaitista, compositor e personagem televisiva assassinado em 1983 aos 37 anos. O assassino de Ivers nunca foi levado à Justiça. Há alguma distorção no microfone nesta faixa inicial, mas não permanece ao longo do caminho, e o resto do álbum é excelente.

A seguir, está um tratamento, deslumbrantemente rápido, da faixa título do álbum de Ornette Coleman de 1959, "Tomorrow Is The Question". Em seguida, Lage permanece com o jazz de Keith Jarrett em "The Windup", um segundo número de Jarrett, "Encore (A)" e uma peça menos conhecida de Jimmy Giuffre, "Trudgin'"

Porém, o que ele faz melhor é revisitar e transformar a melancolia de velhos números pop. Seu arranjo na faixa título, um sucesso de Everly Brothers de 1965, é completamente estonteante e seu toque faz você esquecer as origens lacrimosas do campo de origem do número.

Melhor ainda é o velho sucesso de Tommy Dorsey, "I'm Getting Sentimental Over You". Nesta, Lage abandona qualquer consideração da qual podia ser ou não esperada dele e a torna agradável e, lentamente, explora a bela melodia antiga para sua completude.

Ele tranquilamente sai com outro tratamento sensível de um pop piegas, "Crying" de Roy Orbison, de 1962.

Faixas: In Heaven; Tomorrow Is the Question; The Windup; Love Hurts; In Circles; Encore (A); Lullaby; Trudgin’; I’m Getting Sentimental Over You; Crying.

Músicos: Julian Lage: guitarra; Jorge Roeder: baixo; Dave King: bateria.

Fonte: Chris Mosey (AllAboutJazz)


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