Julian Lage é um tremendo e talentoso guitarrista acústico e,
por todas as contas, uma espécie delicada e suave. Embora esta não deva ser a
estória completa. A pintura da capa do seu álbum é de vinte fósforos usados,
que é pensado para se referir às suas preocupações de vir a ser queimado após
ser aclamado como menino prodígio, sobrecarregado com expectativas imponentes
de seus admiradores.
Lage era um guitarrista de blues realizado, quando
apresentou o documentário nominado ao Oscar, Jules at Eight. Um ano mais tarde, ele foi convidado ao palco para
intercambiar toques com Carlos Santana. Em sua adolescência, ele atuou com o virtuoso
banjoísta Bela Fleck, com seu bluegrass
e o escolhendo, a dedo, o ás Doc Watson e o vibrafonista do jazz, Gary Burton. Agora
aos 30 anos, ele já não sente a necessidade para tais demonstrações de
virtuosismo.
Lage, residente em Nova York, narrou à revista Rolling
Stone: "Eu lembro muito vividamente quando garoto e as pessoas dizendo, 'Você
é muito bom para um jovem da sua idade'. Eu dizia, muito obrigado', mas eu
estava pensando, eu quero ser bom em qualquer idade. Este era meu objetivo”.
Ele começa com melancolia em "In Heaven" de Peter
Scott Ivers, um gaitista, compositor e personagem televisiva assassinado em 1983
aos 37 anos. O assassino de Ivers nunca foi levado à Justiça. Há alguma
distorção no microfone nesta faixa inicial, mas não permanece ao longo do
caminho, e o resto do álbum é excelente.
A seguir, está um tratamento, deslumbrantemente rápido, da
faixa título do álbum de Ornette Coleman de 1959, "Tomorrow Is The
Question". Em seguida, Lage permanece com o jazz de Keith Jarrett em
"The Windup", um segundo número de Jarrett, "Encore (A)" e
uma peça menos conhecida de Jimmy Giuffre, "Trudgin'"
Porém, o que ele faz melhor é revisitar e transformar a
melancolia de velhos números pop. Seu arranjo na faixa título, um sucesso de Everly Brothers de 1965, é completamente
estonteante e seu toque faz você esquecer as origens lacrimosas do campo de
origem do número.
Melhor ainda é o velho sucesso de Tommy Dorsey, "I'm
Getting Sentimental Over You". Nesta, Lage abandona qualquer consideração
da qual podia ser ou não esperada dele e a torna agradável e, lentamente,
explora a bela melodia antiga para sua completude.
Ele tranquilamente sai com outro tratamento sensível de um
pop piegas, "Crying" de Roy Orbison, de 1962.
Faixas: In
Heaven; Tomorrow Is the Question; The Windup; Love Hurts; In Circles; Encore
(A); Lullaby; Trudgin’; I’m Getting Sentimental Over You; Crying.
Músicos: Julian Lage: guitarra; Jorge Roeder: baixo; Dave
King: bateria.
Fonte: Chris Mosey (AllAboutJazz)
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