Patrice Jégou não canta em falsete ou canta de forma gutural
em seu segundo álbum, ” If It Ain’t Love”, mas a canadense deixa pouca dúvida de
que ela poderia produzir uma faixa polida empregando, também, a técnica que ela
estabeleceu em sua mente. Uma classicamente treinada mezzo-soprano que encontrou seu caminho, relativamente tardio, no
jazz, Jégou possui um suntuoso instrumento e a impressionante amplitude
estilística. A questão levantada, mas não completamente respondida por este
projeto, consistentemente, relata sua profundidade emocional.
As mudanças constantes da estrutura das configurações e dos
arranjadores do álbum seguem os passos da sua, similarmente, expansiva estreia
em 2014 com “Speak Low”. Concebido para exibir sua versatilidade, “If It Ain’t
Love” apresenta Jégou mais uma vocalista camaleônica do que como uma presença
criativa animando o projeto. Dito isto, ela é uma vocalista pop-jazz imponente,
que brilha em cada contexto. Saindo da caixinha, o álbum inicia com uma versão
nítida à cappella de “Lover Come Back to Me”, uma confecção digital com Alvin
Chea do Take 6 e Mark Kibble (que arranjou a peça). Revisitando a peça,
parcialmente, ao fim do álbum, o arranjo para a banda completa de Kibble parece
desnecessário, particularmente dado seu repertório costumeiro.
Jégou está em seu melhor nos seus extremos, suingando com
segurança quando acompanhada pela Clayton-Hamilton
Jazz Orchestra, particularmente no arranjo de John Clayton para “Just
Squeeze Me”. Ela está igualmente efetiva nas baladas orquestrais, particularmente
a bossa tranquila, “Baubles, Bangles and Beads”, e a interpretação em italiano
de “Estate”, apresentando o ás da guitarra Larry Koonse, arranjadas por Jorge
Calandrelli. O mesmo arranjador também serve Jégou bem na agridoce ode ao
divórcio de Johnny Mandel e Alan e Marilyn Bergman, “Where Do You Start?”. Com bastante
gosto Jégou, “If It Ain’t Love” apresenta sua própria questão. Ela abre suas
asas no primeiro dos seus dois álbuns. Está ela pronta para um mergulho mais profundo?
Faixas : Lover
Come Back to Me, Jersey Bounce, Baubles, Bangles and Beads, Yes, We Can, Can,
I'm So Glad I'm Standing Here Today, Wrap Your Troubles in Dreams, If It Ain't
Love, Estate, Lover Come Back to Me, Waltz for Debby, Losing You, Just Squeeze
Me, Where Do You Start, Remembrances, Please Send Me Someone to Love, It Might
Be You.
Músicos : Patrice
Jégou: vocal; Mark Kibble: vocal (1, 8, 9), percussão (9); Alvin Chea: vocal
(1); Take 6: vocal (6) ; The
Clayton-Hamilton Orchestra (2, 7, 12, 15); Gilbert Castellanos: trompete
(2); Mike Lang: piano (3, 5, 8, 10, 11, 12, 13, 14, 16) Rhodes (4,14), Ramon
Stagnaro: guitarra (3, 13,), guitarra acústica (14); Kevin Axt: baixo (3, 5, 8,
13); Ray Brinker: bateria (3, 13); Luis Conte (3, 13): percussão (3); David
Lang: Wurlitzer (4); David Paich: Hammond B-3, piano (4); Dean Parks: guitarra
(4); Abraham Laboirel, Sr.: baixo (4, 14); Steve Ferrone: bateria (4, 14);
Lenny Castro: percussão (4, 14); Tom Scott: saxofone tenor (3); Choir (4, 5): Bill
Cantos (4), Kurt Lykes, Jamie McCrary, Jason Morales, Melodye Perry, Alfie
Silas. Tiffany Smith, Tata Vega; Larry Koonse: guitarra acústica (5, 8), guitarra
(14); Michael Thompson: guitarra (5, 8); John "J.R." Robinson: bateria
(5, 8); Yaron Gershovsky: piano (9), Boris Kozlov: baixo (9); Cliff Almond: bateria
(9); Steve Patrick, Mike Barry: trompetes (9); Doug Moffet: saxofones tenor e
barítono (9); Sam Levine: saxofone alto (9); Roy Agee: trombone (9); Greg
Phillinganes: teclados (16).
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=RdGPShnjKpE
Fonte: ANDREW
GILBERT (JazzTimes)
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