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terça-feira, 24 de novembro de 2020

PATRICE JÉGOU - IF IT AIN’T LOVE (Prairie Star)

Patrice Jégou não canta em falsete ou canta de forma gutural em seu segundo álbum, ” If It Ain’t Love”, mas a canadense deixa pouca dúvida de que ela poderia produzir uma faixa polida empregando, também, a técnica que ela estabeleceu em sua mente. Uma classicamente treinada mezzo-soprano que encontrou seu caminho, relativamente tardio, no jazz, Jégou possui um suntuoso instrumento e a impressionante amplitude estilística. A questão levantada, mas não completamente respondida por este projeto, consistentemente, relata sua profundidade emocional.

As mudanças constantes da estrutura das configurações e dos arranjadores do álbum seguem os passos da sua, similarmente, expansiva estreia em 2014 com “Speak Low”. Concebido para exibir sua versatilidade, “If It Ain’t Love” apresenta Jégou mais uma vocalista camaleônica do que como uma presença criativa animando o projeto. Dito isto, ela é uma vocalista pop-jazz imponente, que brilha em cada contexto. Saindo da caixinha, o álbum inicia com uma versão nítida à cappella de “Lover Come Back to Me”, uma confecção digital com Alvin Chea do Take 6 e Mark Kibble (que arranjou a peça). Revisitando a peça, parcialmente, ao fim do álbum, o arranjo para a banda completa de Kibble parece desnecessário, particularmente dado seu repertório costumeiro.

Jégou está em seu melhor nos seus extremos, suingando com segurança quando acompanhada pela Clayton-Hamilton Jazz Orchestra, particularmente no arranjo de John Clayton para “Just Squeeze Me”. Ela está igualmente efetiva nas baladas orquestrais, particularmente a bossa tranquila, “Baubles, Bangles and Beads”, e a interpretação em italiano de “Estate”, apresentando o ás da guitarra Larry Koonse, arranjadas por Jorge Calandrelli. O mesmo arranjador também serve Jégou bem na agridoce ode ao divórcio de Johnny Mandel e Alan e Marilyn Bergman, “Where Do You Start?”. Com bastante gosto Jégou, “If It Ain’t Love” apresenta sua própria questão. Ela abre suas asas no primeiro dos seus dois álbuns. Está ela pronta para um mergulho mais profundo?

Faixas : Lover Come Back to Me, Jersey Bounce, Baubles, Bangles and Beads, Yes, We Can, Can, I'm So Glad I'm Standing Here Today, Wrap Your Troubles in Dreams, If It Ain't Love, Estate, Lover Come Back to Me, Waltz for Debby, Losing You, Just Squeeze Me, Where Do You Start, Remembrances, Please Send Me Someone to Love, It Might Be You.

Músicos : Patrice Jégou: vocal; Mark Kibble: vocal (1, 8, 9), percussão (9); Alvin Chea: vocal (1); Take 6: vocal (6) ; The Clayton-Hamilton Orchestra (2, 7, 12, 15); Gilbert Castellanos: trompete (2); Mike Lang: piano (3, 5, 8, 10, 11, 12, 13, 14, 16) Rhodes (4,14), Ramon Stagnaro: guitarra (3, 13,), guitarra acústica (14); Kevin Axt: baixo (3, 5, 8, 13); Ray Brinker: bateria (3, 13); Luis Conte (3, 13): percussão (3); David Lang: Wurlitzer (4); David Paich: Hammond B-3, piano (4); Dean Parks: guitarra (4); Abraham Laboirel, Sr.: baixo (4, 14); Steve Ferrone: bateria (4, 14); Lenny Castro: percussão (4, 14); Tom Scott: saxofone tenor (3); Choir (4, 5): Bill Cantos (4), Kurt Lykes, Jamie McCrary, Jason Morales, Melodye Perry, Alfie Silas. Tiffany Smith, Tata Vega; Larry Koonse: guitarra acústica (5, 8), guitarra (14); Michael Thompson: guitarra (5, 8); John "J.R." Robinson: bateria (5, 8); Yaron Gershovsky: piano (9), Boris Kozlov: baixo (9); Cliff Almond: bateria (9); Steve Patrick, Mike Barry: trompetes (9); Doug Moffet: saxofones tenor e barítono (9); Sam Levine: saxofone alto (9); Roy Agee: trombone (9); Greg Phillinganes: teclados (16).

Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=RdGPShnjKpE

Fonte: ANDREW GILBERT (JazzTimes)

 

 

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