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quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

NGUYÊN LÊ QUARTET – STREAMS (ACT)

 O título do álbum de Nguyên Lê, “Streams”, refere-se ao tributo da influência da música global que o guitarrista tenta guiar em seu quarteto. No papel, é uma ideia intrigante, um padrão de guitarra como aquele que Pat Metheny tem empregado. Lamentavelmente, para Lê, as referências às tradições indianas, africanas e vietnamitas são trituradas pelo som suave contíguo ao guitarrista.

Lê contribui com um conjunto de inéditas, que tenta uma espécie de balanço de funk-rock, reminiscente de explorações de Miles, que trabalha ocasionalmente. O problema principalmente reside no dedilhar de Lê, que objetiva construir camas sobre a qual ele e outros podem improvisar. Há pouco desenvolvimento para impulsionar a música para a frente, embora, e como um resultado, frequentemente soa como meramente carregando as músicas com a banda, sobretudo o que é realmente pesquisa em profundidade. A estrela real de “Streams” é o vibrafonista Illya Amar, neste momento, uma quantidade conhecida de fãs de Lê nos passados 20 anos, cuja clareza e entonação nova reduz através da seiva e aderência do líder. Seria como Gary Burton juntando-se ao Return to Forever durante seu período mais jazz-rock, providenciando um combustível ideal para o incremento do trabalho barroco da banda. O toque pesado de Amar quase faz valer a travessia através da corrente musical sombria. Quase.

Faixas: Hippocampus; Bamiyan; Swing A Ming; Subtle Body; 6h55; Mazurka; Sawira; The Single Orange; Coromandel. (47:47)

Músicos: Nguyên Lê, guitarra, eletrônica; Illya Amar, vibrafone; Chris Jennings, baixo; John Hadfield, bateria, percussão.

Fonte: Jackson Sinnenberg (DownBeat)

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