playlist Music

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

ERIC REVIS – SLIPKNOTS THROUGH A LOOKING GLASS (Pyroclastic)

O som do baixo de Eric Revis é um dos mais encantadores do jazz moderno. Suas batidas e dedilhados são plenos de sentimentos e com a produção de Ron St. Germain incrementando suas verdades texturais no trabalho deste quinteto, que devemos ouvir, que são instigantes o bastante para serem consideradas de primeira entre as iguais. Nas mãos de Revis, o baixo, tão bem quanto a banda, apresenta um caráter orquestral.  

“Slipknots Through a Looking Glass” reforça uma representação, aos 53 anos, como de um cuidadoso poliglota. Você pode descobrir um pouco das suas intenções pela forma que ele constrói a unidade para seu oitavo álbum como líder: fora das engrenagens essenciais de prévias interações de seu esquadrão (ões). Darius Jones e Bill McHenry agraciados em “In Memory of Things Yet Seen”; Kris Davis erguido em “Sing Me Some Cry” e Chad Taylor dirigiram esses impressionantes trabalhos. Cada participante revela-se em diversas demarcações estilistas, enquanto promovem o melhor. Como o Serviço Postal dos Estados Unidos, eles apresentam uma variedade de códigos de endereçamento.

Isto significa que o saxofonista balança entre traquinagens, que invocam Griff , e foguetes líricos de Jaw e passagens cadenciadas à la Braxton e Rivers em “Conference of the Birds” (todos sabem que Revis compôs alguns dos mais belos trabalhos da praça). Significa que o pianista preparou as cordas como agressiva pan drums ou estronda como um dia de chuva na casa de Andrew Hill. Também significa que o baterista organiza batidas irascíveis ou padrões de pulsação arejada (Justin Faulkner cai na armadilha, tão bem, em duas faixas). Alusões sombrias, introspecções poéticas, sopros tempestuosos em “Shutter” e o sol quebra através de “ProByte”— Revis perpetuamente contorna a ação. E valoriza o baixo. Três versões discretas, mas fantasmagóricas, da faixa título do álbum encontra-o explorando emoções com indefinida mudança instantânea. Tenta agarrá-las e elas se vão. Parece que ele está no playground de casa, assim ele pode revelar suas similaridades ocultas.

Faixas: Baby Renfro; SpAE; Earl & the Three-Fifths Compromise; Slipknots Through a Looking Glass, Part 1; Shutter; ProByte; Slipknots Through a Looking Glass, Part 2; House of Leaves; When I Become Nothing; Vimen; Slipknots Through a Looking Glass, Part 3.

Músicos: Eric Revis: baixo; Kris Davis: piano; Bill McHenry: saxofone tenor; Darius Jones: saxofone alto; Chad Taylor: bateria; Justin Faulkner: bateria.

Nota : Este disco foi considerado, pela JazzTimes, uns dos 30 melhores lançados em 2020.

Fonte: JIM MACNIE (JazzTimes)

 

 

Nenhum comentário: