O melhor álbum do ano (até agora) arrastou-me no auge do vírus,
mas, felizmente, a tempo de manter-me na sua companhia através desta e futuras
loucuras. O próprio site de Peter
Campbell não nos conta muito a estória de Nova York, educado nos Estados Unidos
e Canadá, estudou com Joyce McLean, na Juilliard, trabalhando por 30 anos, mas com
apenas três álbuns, ao menos desde sua mudança para Toronto em 2012.
E, francamente, são poucos trabalhos intrigantes para o
homem. Ele parece ter misteriosamente materializado o microfone, não como um
fantasma assombroso, mas com um arejado espírito melancólico, ficando intimista
com este microfone e uma audiência restrita de um cabaré hipotético. Mais
barulhento, atos mais firmes devem tomar este lugar mais tarde, mas nada
significa. Ele sabe a velocidade do momento e a incerteza do futuro, assim ele adere
ao agora e, ocasional e compreensivelmente, oculta o passado.
O sexteto aqui (voz, duas guitarras, baixo, teclados, trompete)
singularmente não inclui uma bateria para dar uma batida forte ou uma
vivacidade ao trabalho. Todas
as coisas deslizam suavemente, mas vívidas o bastante para mantê-las livres do
estilo de música de meio ambiente. Usando o repertório de clássicos como
Berlin, Coleman/Leigh e Warren/Gershwin além de composições mais modernas de Jimmy
Webb, Joni Mitchell e Fred Hersch, Campbell canta à frente, atrás e diretamente
na batida, nunca soprando um movimento, soando antigo e jovem, masculino e feminino,
e sim, triste, mas abarcando a felicidade na comunicação triste. O orgulho
suave, levemente fadigado de um trabalho bem feito, uma vocação realizada.
Faixas : Stars;
Two Faces in the Dark; My, How the Time Goes By; The Moon is a Harsh Mistress;
If You Leave Paris; I Got Lost in His Arms; Old Flames Never Die; There Is No
Music; Above the Clouds; Both Sides Now; Why Think About Tomorrow.
Músicos : Peter Campbell: voz; Adrean Farrugia: piano; Reg
Schwager: guitarra; Ross MacIntyre: baixo; Kevin Turcotte: trompete; Michael
Occhipinti: guitarra.
Nota: Este álbum foi considerado, pela JazzTimes, um dos 30
melhores lançados em 2020.
Fonte: ANDREW
HAMLIN (JazzTimes)
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