John Beasley arranjou os metais mais brilhantes e mais
impetuosos, os metais mais baixos para serem mais rosnantes no seu terceiro álbum
de longo alcance com a MONK’estra. Com
uma seção de temas maravilhosamente estendidos e sincronizados —estas indelevelmente
peculiares frases de Monk—dentro de dilatados cenários de fundo, que balançam
livremente como solistas apaixonados, Beasley como um pianista e compositor, também,
extrai mesmo as implicações mais melódicas, harmônicas e rítmicas da música de Monk,
Bird e Duke.
O intricado rearranjo de “Donna Lee” contém diversas vibrações,
mas os temas ao longo do trabalho são vividamente coloridos, entalhado com
finas, ainda que robustas linhas, e graciosas em suas reviravoltas
surpreendentes. A performance da orquestra parece impecável e o pequeno grupo
reunido por Beasley para poucas faixas com antigos colegas tais como o baixista
John Patitucci, o baterista Vinnie Colaiuta e o gaitista expressivo Grégoire
Maret está caucionado na camaradagem. Entre as virtudes dos arranjos de Beasley
está a não permanência por mais tempo do que suas boas-vindas. Em vez disto, eles deixam-nos
querendo mais. E com a abundância de detalhes para absorver aqui, isto
quer dizer alguma coisa. Beasley tem uma brilhante mente musical e um toque
caloroso, ainda que exploratório, e suas composições ajustam-se docemente entre
o repertório consagrado pelo tempo. A história do Jazz é belamente servida aqui
por Beasley, liderando sua orquestra para corporificar sua própria e invulgar
visão.
Faixas:
Steve-O; Sam Rivers; Monk’s Mood; Donna Lee; Song For Dub; Five Spot;
Implication; Masekela; Rhythm-A-Ning; Off Minor; Be.YOU.tiful; Locomotive; Come
Sunday. (66:23)
Músicos:
John Beasley, teclados; Bob Sheppard, saxofone alto e tenor saxophone, clarinete
baixo; Danny Janklow, saxofone alto, clarinete; Chris Lewis, saxofone tenor,
clarinete; Thomas Luer, Ralph Moore, saxofone tenor; Tommy Peterson, saxofone
tenor, clarinete baixo; Adam Schroeder, saxofone barítono, clarinete baixo;
Wendell Kelly, Ryan Dragon, Ido Meshulam, Steve Hughes, Francisco Torres,
trombone; Bijon Watson, Kye Palmer, James Ford, Brian Swartz, Rashawn Ross, trompete;
John Patitucci, Benjamin Shepherd, baixo; Ulysses Owens Jr., Vinnie Colaiuta, bateria;
Terreon Gully, drums, percussão; Joey De Leon, conga; Grégoire Maret, gaita;
Joey DeFrancesco, Hammond B-3; Hubert Laws, flauta; Jubiliant Sykes, vocal.
Nota: Este álbum foi considerado, pela JazzTimes, um dos 30
melhores lançados em 2020.
Fonte: Howard Mandel (DownBeat)
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