Ray Mantilla, que faleceu em Março de linfoma, aos 85 anos, sabia
que “Rebirth” seria seu último álbum. Outra vez, não houve necessidade para o
mestre percussionista alterar o modelo pessoal, que influenciou o jazz latino
por meio século. Ao lado do baixista Reuben Rodriguez, o núcleo do sexteto Rebirth (mais o vibrafonista convidado Mike
Freeman) não é diferente da banda apresentada na gravação anterior de Mantilla
(e o nono como líder), “High Voltage” de 2017.
Mesmo quando Mantilla se “exibe”, é duplicado nas dobras orgânicas
da música. Os primeiros 35 segundos da faixa líder de “Rebirth”, “Moondance” de
Piro Rodriguez, desencadeia tal polimento, eficiente rolo compressor de
entonação percussiva, timbre e ritmo que você é conduzido ao arranjo sem muita chance
para avaliação conscienciosa. A seguir, um par de standards são ajustados. A suingante “Dat Dere” de Bobby Timmons é
reforçada por sinuoso balanço de salsa do pianista/arranjador Edy Martinez e “Hit
the Road Jack” vem a ser um veículo para as vibrações douradas de Freeman. O
tempo todo, Mantilla atua com vigor ao lado do baixista Rodriguez e do baterista
Diego López na borbulhante fervura que elimina o desperdício e concentra os
ingredientes. Quando Martinez passa para o Fender Rhodes para um emparelhamento
mais diáfano com Freeman em “Philly Mambo”, o entrelaçamento das batidas afro-cubanas
e a elegância preenche a prosperidade da transparência.
Nem deveríamos nos esquecer do trio de instrumentos de sopro.
Alternando entre a flauta e o sax barítono, Jorge Castro está frequentemente
liderando o matiz do nível do trabalho, Iván Renta apresenta solos fluidos no
sax tenor (e ocasionalmente soprano), e o trompetista Guido González mais do que
mantem seu solitário metal na banda.
Mantilla sempre quis manter sua afinidade com o
aventureirismo para ser reconhecido. Ele apelidou sua própria banda principal
de “Space Station” para o caminho do transporte da tradição para o
desconhecido. Ajustando, ele encerra “Rebirth”, e sua carreira de gravação, pelo
desenterro da antiga bata drum Yorubá para um final futurístico em
“Rebirth Bata Rumba Experimental”. É um lembrete bem-sucedido do rico círculo
de som que veio da mente e das mãos de Ray Mantilla.
Faixas
1 Moondance
06:12
2 Dat
Dere 05:21
3 Hit
the Road Jack 05:25
4 Mia
07:30
5 Philly
Mambo 05:31
6 Cumbia
Jazz Fusion Experimental 05:48
7 Yuyo
04:37
8 Preciosa 05:48
9 Martinez 04:05
10 Rebirth Bata Rumba Experimental 06:30
Fonte: BRITT ROBSON (JazzTimes)
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