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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

RAY MANTILLA - REBIRTH (Savant)

Ray Mantilla, que faleceu em Março de linfoma, aos 85 anos, sabia que “Rebirth” seria seu último álbum. Outra vez, não houve necessidade para o mestre percussionista alterar o modelo pessoal, que influenciou o jazz latino por meio século. Ao lado do baixista Reuben Rodriguez, o núcleo do sexteto Rebirth (mais o vibrafonista convidado Mike Freeman) não é diferente da banda apresentada na gravação anterior de Mantilla (e o nono como líder), “High Voltage” de 2017.

Mesmo quando Mantilla se “exibe”, é duplicado nas dobras orgânicas da música. Os primeiros 35 segundos da faixa líder de “Rebirth”, “Moondance” de Piro Rodriguez, desencadeia tal polimento, eficiente rolo compressor de entonação percussiva, timbre e ritmo que você é conduzido ao arranjo sem muita chance para avaliação conscienciosa. A seguir, um par de standards são ajustados. A suingante “Dat Dere” de Bobby Timmons é reforçada por sinuoso balanço de salsa do pianista/arranjador Edy Martinez e “Hit the Road Jack” vem a ser um veículo para as vibrações douradas de Freeman. O tempo todo, Mantilla atua com vigor ao lado do baixista Rodriguez e do baterista Diego López na borbulhante fervura que elimina o desperdício e concentra os ingredientes. Quando Martinez passa para o Fender Rhodes para um emparelhamento mais diáfano com Freeman em “Philly Mambo”, o entrelaçamento das batidas afro-cubanas e a elegância preenche a prosperidade da transparência.

Nem deveríamos nos esquecer do trio de instrumentos de sopro. Alternando entre a flauta e o sax barítono, Jorge Castro está frequentemente liderando o matiz do nível do trabalho, Iván Renta apresenta solos fluidos no sax tenor (e ocasionalmente soprano), e o trompetista Guido González mais do que mantem seu solitário metal na banda.

Mantilla sempre quis manter sua afinidade com o aventureirismo para ser reconhecido. Ele apelidou sua própria banda principal de “Space Station” para o caminho do transporte da tradição para o desconhecido. Ajustando, ele encerra “Rebirth”, e sua carreira de gravação, pelo desenterro da antiga bata drum Yorubá para um final futurístico em “Rebirth Bata Rumba Experimental”. É um lembrete bem-sucedido do rico círculo de som que veio da mente e das mãos de Ray Mantilla.

Faixas

1 Moondance 06:12

2 Dat Dere 05:21

3 Hit the Road Jack 05:25

4 Mia 07:30

5 Philly Mambo 05:31

6 Cumbia Jazz Fusion Experimental 05:48

7 Yuyo 04:37

8 Preciosa 05:48

9 Martinez 04:05

10 Rebirth Bata Rumba Experimental 06:30

Fonte: BRITT ROBSON (JazzTimes)

 

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