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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

WILL BERNARD – FREELANCE SUBVERSIVES (Ropeadope)

O guitarrista californiano, residente no Brooklyn, Will Bernard passou dos 60 no ano passado, mas você, seguramente, não saberia ao olhar para ele ou ouvindo-o. Realmente, sua mente aberta e estilo flexível em seu toque o faz parecer, consistentemente, mais jovem que a sua idade, cuja carreira de gravação iniciou 30 anos atrás. Esta noção foi estimulada pelo seu trabalho no meado dos anos 1990 na inovadora banda da Bay Area, T.J. Kirk, na qual ele ajudou a elaborar versões instrumentais divertidas e criativas do material de James Brown, Thelonious Monk e Rahsaan Roland Kirk com guitarristas como Charlie Hunter e John Schott e o baterista Scott Amendola. A carreira solo de Bernard iniciou logo depois disto, e seu recente “Freelance Subversives” continua este movimento jovial.

A disposição natural de Bernard resultou em um catálogo que abrange diversas coisas, do jazz tradicional à world music ao hip-hop. Os benefícios incluem uma destreza que lhe dá igual base em limpas entonações semiacústicas na guitarra, como uma abertura calorosa em “Pusher Danish” e distorções e efeitos nos subsequentes números funk como “Back Channel”, incrementados pelo tecladista Eric Finland, pelo baixista Ben Zwerin, pelo baterista Eric Kalb e pelo percussionista Moses Patrou. Mais que um matiz do trabalho do guitarrista ao lado do trio Galactic do baterista natural de New Orleans, Stanton Moore, que traz à tona um sentimento da sua cidade natal como suporte em “Raffle”, com Finland e o colega tecladista Ben Stivers duelando e o saxofonista tenor/barítono Skerik formando uma seção sobreposta de instrumentos de sopro de um homem só.

Jay Rodriguez atua, do mesmo modo, nos saxes tenor e barítono e flauta nos ensebados números funk, “Grunk”, “Skill Set” (que apresenta um estandarte num inspirado solo bop de Bernard), e na faixa título, e John Medeski adiciona sua assinatura no Hammond e Wurlitzer em partes da contagiante “Clafunj” e acidez na balada com som tribal, “Garage A”, neste disco todo original. A única coisa ausente é uma interpretação instrumental de uma joia. Talvez, o próximo trabalho de Bernard poderia incluir uma interpretação apropriada para “Forever Young” de Bob Dylan.

Faixas: Pusher Danish; Back Channel; Raffle; Blue Chenille; Grunk; Clafunj; Freelance Subversive; Lifer; Garage A; Skill Set; We the People.

Músicos: Will Bernard: guitarra; John Medeski: teclados; Skerik: saxofone; Jay Rodriguez: saxofone; Jeff Hanley: baixo; Eric Kalb: bateria; Moses Patrou: percussão; Eric Finland: teclados; Ben Stivers: teclados; Ben Zwerin: baixo.

Fonte: BILL MEREDITH (JazzTimes)

 

 

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