Eu primeiro observei Alexa Tarantino no Umbria Jazz Festival em Perugia, Itália, em 2012. Ryan Truesdell trouxe
26 estudantes da Eastman School of Music
para atuar em seu Gil Evans Project. Tarantino
não foi um dos solistas escolhidos da orquestra, mas Truesdell me contou que
ela rapidamente tinha reunido diversos instrumentistas de palhetas novos, porque
o projeto necessitava deles, incluindo um fagote. Ela tinha apenas 20 anos.
Adiantando oito anos. Tarantino agora tem um título de
bacharel de Eastman e um mestrado da Juilliard, e ilumina a sala quando ela
sola. Em seu segundo álbum, “Clarity”, ela toca os saxofones alto e soprano, flauta
e flauta alto. A ampla paleta tímbrica é intrigante para uma gravação em
quarteto.
Ela inicia na flauta com uma impecável interpretação de “Through”,
sua própria peça modal, gradualmente intensificada. Ela vocaliza “Gregory Is
Here” no saxofone soprano, derramando variações enlevadas de temas mais
sedutores de Horace Silver. No saxofone alto, ela retrata a melodia melancólica
de “La Puerta” de Luis Demetrio em um gesto singularmente gracioso, que parece
sem esforço.
Técnica superior a capacita a soar sem pressa em qualquer
tempo, e sua proficiência também lhe permite relaxar em sua primeira prioridade:
melodia. A única canção bem conhecida, aqui, é a última faixa, “My Ship”. Quem
sabia que a canção icônica de Kurt Weill foi concebida para flauta alto?
Tarantino esbanja neste rico instrumento, sonoridades sensuais sobre a melodia assombrosa
de Weill (Os solos do pianista Steven Feifke e do baixista Joe Martin são
também arrebatadores).
Ela é uma instrumentista da tendência direta, que continuará
a crescer, mas não há necessidade de esperar seu futuro. Baseado na última
faixa, o navio (ship) de Alexa Tarantino já partiu.
Faixas : Through;
A Race Against Yourself; La Puerta; A Unified Front; Gregory is Here; Karma;
Breaking Cycles; Thank You For Your Silence; My Ship.
Músicos : Alexa Tarantino: saxofone alto; Steven Feifke:
piano; Joe Martin: baixo; Rudy Royston: bateria.
Fonte: THOMAS CONRAD (JazzTimes)
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