Exponha mais bandeiras. “Connect”, o primeiro lançamento do
trompetista Charles Tolliver em uma década, é monstruoso. De um bom tempo de um
sábado à noite na abertura "Blue Soul", até a intensidade, com toque
espanhol, no encerramento sinuoso de "Suspicion", o álbum encontra Tolliver
no topo do seu jogo, que iniciou a sua carreira de gravação no meado dos anos 1960.
Ele está diante de um quinteto estadunidense que traz coragem e balanço do
meado dos anos 1960 via banda hard-bop
da Blue Note, enquanto soe totalmente 2020. A formação é acrescida em duas das
quatro faixas pelo saxofonista tenor Binker Golding, um dos novos talentos do
moderno jazz londrino. É uma
combinação fantástica.
Aparições mais antigas de Tolliver em gravações— em “It's
Time (Blue Note, 1964) ” de Jackie McLean e liderando seu próprio grupo no
álbum ao vivo, “The New Wave In Jazz (Impulse!, 1966)”, com a curadoria de Leroi
Jones— posicionando o excepcional
talento do instrumentista e do compositor em uma segunda onda hard bop. Notáveis seguimentos em álbuns
como “Action (Blue Note,1967) ” de McLean, “Serenade To A Soul Sister (Blue
Note, 1968) ” de Horace Silver e “Stoned Soul Picnic (Atlantic, 1968)” de Roy
Ayers. Após atuar e gravar com Gerald Wilson em Los Angeles por um ano,
Tolliver retornou para sua casa em Nova York, requisitado por Max Roach, com
quem ele trabalhou por dois anos ou três anos.
Tolliver realizou uma imensurável contribuição para o jazz,
quando ele cofundou o selo Strata-East
com o pianista Stanley Cowell em 1971. O Strata-East
lançou quase sessenta álbuns durante os anos 1970, quando foi a primeira plataforma
para a interseção do hard bop e spiritual jazz.
Tolliver faz parte da realeza do jazz, a despeito de uma
fileira de álbuns finos pela Strata-East,
cujo catálogo é pequeno quando comparado àqueles de alguns dos seus
companheiros. Ele muda seus projetos com cuidado e seu controle de qualidade está
no ponto. Assim, o lançamento de “Connect”, gravado em Londres no final de 2019,
é duplamente benvindo.
O saxofonista alto, Jesse Davis, o pianista Keith Brown, o baixista
Buster Williams e o baterista Lenny White, cada um deles, compartilham os
holofotes. Golding está em companhia ágil, mas com três álbuns marcantes sob
sua união com Binker e Moses, não tem necessidade para provar qualquer coisa
para qualquer pessoa, e em seus solos ele cresce com sua habitual firmeza elegante.
Faixas: Blue
Soul; Emperor March; Copasetic; Suspicion.
Músicos: Charles
Tolliver: trompete; Jesse Davis: saxofone alto; Binker Golding: saxophone tenor
(2, 4); Keith Brown: piano; Buster Williams: baixo; Lenny White: bateria.
Para conhecer um pouco deste trabalho, assistam ao vídeo
abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=n52SvMHOcCg
Nota : Este álbum foi considerado, pela JazzTimes, um dos 30 melhores álbuns lançados em 2020.
Fonte: Chris
May (AllAboutJazz)
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