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quinta-feira, 4 de março de 2021

CHRIS LIGHTCAP – SUPERBIGMOUTH (Pyroclastic)

O baixista novaiorquino, Chris Lightcap, o eletrificado Superette de 2018, referenciado ao surf, sons harmônicos de Ornette Coleman, música da África Ocidental e sons internacionais da psicodelia. Tais gêneros delimitadores devem soar pesados, mas a música de Lightcap, que este novo LP incluiu, é definida pela luminosodade e graça.

Crescendo em uma cidade do aço próxima a Pittsburgh, a curiosodade musical de Lightcap foi saciada pela coleção de música clássica de seus pais e “toneladas e toneladas de rock ’n’ roll”. Esta herança vem através de “SuperBigmouth”, via distorção cortante dos acordes da guitarra, enquanto seu amor pela música da África Ocidental é ouvido em bateria saltitante e instrumentos de sopro entrelaçados.

“SuperBigmouth” une duas bandas de Lightcap: as duas guitarras, as baterias (mais convidados) de Superette com Bigmouth, o grupo que lançou o muito elogiado “Epicenter” em 2015. E funciona belamente.

Com seus quase 9 minutos de duração, “Zero Point Five” é densa com arrogância inerte. Inicia com formação clássica do rock, o baixo em primeiro plano contra o fraseado da bateria para se fundir com outros instrumentos. “Deep River”, entretanto, inicia com uma vibração de rock alternativo dos anos 90, a pureza dos instrumentos de sopro intersectando com a seção rítmica moderada, até o estilo retrô das dicas do órgão de Craig Taborn.

Quando questionado sobre a razão pela qual ele formou a banda Superette com duas guitarras, Lightcap disse que ele estava intrigado “com a forma pela qual os tons da guitarra combinam” para criar uma “qualidade espectral”. Algo similar deve ser dito sobre “SuperBigmouth”. Ainda que, a despeito dos ecos incessantes de outros gêneros e culturas, a música permanece coerente e claro em seu intento.

Faixas: Through Birds, Through Fire; Zero Point Five; Queen’s Side; False Equivalency; Deep River; Nothing If Not; Quinine; Sanctuary City. (48:12)

Músicos: Chris Lightcap, baixo; Craig Taborn, teclados; Tony Malaby, Chris Cheek, saxofone tenor; Jonathan Goldberger, Curtis Hasselbring, guitarra; Gerald Cleaver, Dan Rieser, bateria.

Fonte: Madeleine Byrne (DownBeat) 

 

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