O baixista novaiorquino, Chris Lightcap, o eletrificado Superette de 2018, referenciado ao surf,
sons harmônicos de Ornette Coleman, música da África Ocidental e sons
internacionais da psicodelia. Tais gêneros delimitadores devem soar pesados,
mas a música de Lightcap, que este novo LP incluiu, é definida pela
luminosodade e graça.
Crescendo em uma cidade do aço próxima a Pittsburgh, a
curiosodade musical de Lightcap foi saciada pela coleção de música clássica de
seus pais e “toneladas e toneladas de rock ’n’ roll”. Esta herança vem através
de “SuperBigmouth”, via distorção cortante dos acordes da guitarra, enquanto
seu amor pela música da África Ocidental é ouvido em bateria saltitante e
instrumentos de sopro entrelaçados.
“SuperBigmouth” une duas bandas de Lightcap: as duas
guitarras, as baterias (mais convidados) de Superette
com Bigmouth, o grupo que lançou o muito
elogiado “Epicenter” em 2015. E funciona belamente.
Com seus quase 9 minutos de duração, “Zero Point Five” é densa
com arrogância inerte. Inicia com formação clássica do rock, o baixo em
primeiro plano contra o fraseado da bateria para se fundir com outros instrumentos.
“Deep River”, entretanto, inicia com uma vibração de rock alternativo dos anos 90,
a pureza dos instrumentos de sopro intersectando com a seção rítmica moderada, até
o estilo retrô das dicas do órgão de Craig Taborn.
Quando questionado sobre a razão pela qual ele formou a
banda Superette com duas guitarras, Lightcap
disse que ele estava intrigado “com a forma pela qual os tons da guitarra
combinam” para criar uma “qualidade espectral”. Algo similar deve ser dito
sobre “SuperBigmouth”. Ainda que, a despeito dos ecos incessantes de outros
gêneros e culturas, a música permanece coerente e claro em seu intento.
Faixas: Through
Birds, Through Fire; Zero Point Five; Queen’s Side; False Equivalency; Deep
River; Nothing If Not; Quinine; Sanctuary City. (48:12)
Músicos: Chris
Lightcap, baixo; Craig Taborn, teclados; Tony Malaby, Chris Cheek, saxofone tenor;
Jonathan Goldberger, Curtis Hasselbring, guitarra; Gerald Cleaver, Dan Rieser, bateria.
Fonte: Madeleine
Byrne (DownBeat)
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