Há um local para uma sangria metálica na agitação do free jazz? Nels Cline pensa que sim. Ele,
o baterista Gerald Cleaver e o saxofonista Larry Ochs o deixa cair planamente
em sua retaguarda e vocifera gritos enlouquecidos em tributo para o que soa
como Mastodon espetada no altar do
desastre em câmara lenta em Sunn O))).
Está sobre trituração ruidosa, calamitosa e liberada— então você desfalece.
Para ser justo, nem tudo de “What Is to Be Done” é ensurdecedor.
O álbum inicia bastante tranquilamente, Ochs rastreia soluços, enquanto Cleaver
mantém um suave balanço na abertura de 21 minutos, “Outcries Rousing”. Entra
Nels Cline, direto no palco. O balanço vem estar mais alerta, acordes envolvem
perigo. Ochs olha sobre o horizonte, cospe no chão. Sete minutos e Ochs é um
homem morto; Cleaver está retumbando uma marcha fúnebre e Cline tem arrancado
seu crânio e o derrama fundido na gola. Quinze minutos e a morte segura e
mantém tudo, apenas a memória de músculos puxando as cordas de forma depressiva.
É um espetáculo perturbador, uma ensurdecedora rajada que sujará suas crianças.
Cline faz sua melhor personificação de John Renbourn-encontra-efeitos-pedais em “A Pause, a Rose”, uma
coleção de círculos de gargalhadas e choros de gansos que transformam dentro do
tamborilar dos pratos e ajusta-se na tosse do saxofone. Pense em uma zona de
crepúsculo para instrumentistas de free
jazz, saxofone demoníaco precipita agitação em um circuito de um baterista
funkeado.
“Shimmer Intend Spark Groove Defend” é composta de ritmos
completamente vigorosos e saxofone arrebatador. Cline despeja folhas de pura
entonação mercurial no arranjo, permitindo Ochs enlouquecer contra a
fantasmagórica guitarra. É a performance final, ajustada fascinantemente.
Faixas: Outcries Rousing; A Pause, A Rose; Shimmer Intend
Spark Groove Defend.
Músicos: Larry Ochs: saxofone tenor e sopranino; Nels Cline:
efeitos de guitarra elétrica; Gerald Cleaver: bateria.
Fonte: KEN
MICALLEF (JazzTimes)
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