O título de estreia de Ron Miles pela Blue Note pode ser associado
ao trio de influências —o clássico da Carter
Family “God Gave Noah the Rainbow Sign”, The Fire Next Time de James
Baldwin e o Book of Revelation—mas a
estória dos seus sons é associada mais diretamente ao tópico da família. Focando
na música composta, enquanto o cornetista foi cuidadoso com seu pai enfermo no
verão de 2018, e exibindo o mesmo quinteto coeso que apresentou sua obra-prima
sócio-política “I Am a Man”, um ano antes que “Rainbow Sign”, oferece visões
multicoloridas que exploram o peso e a beleza dos relacionamentos.
Como eles sondam dentro do impacto emocional de perder um
parente, a fraternidade musical de Miles —o guitarrista Bill Frisell, o pianista
Jason Moran, o baixista Thomas Morgan e o baterista Brian Blade— representa a
honestidade e integridade. Se o modernismo caseiro define o dia, como faz na
suingante faixa título e “Binder”, este grupo aprecia a oportunidade para abarcar
a noção maravilhosamente paradoxal sem um toque de ironia. E quando a música
toca uma virada algo nostálgica, em locais como “The Rumor”, respeita as regras
do momento sem amortecedores nos atos da dinâmica.
Figuras da fantasia, proeminentemente, dentro da abertura do
álbum —a ampla e transformadora “Like Those Who Dream”—mas as claras realidades
servem bem para o resto do trabalho. “Queen of the South”, friamente, confessa
lealdades ao subestimado pop etíope. “This Old Man” fala à simpática relação
entre Miles e Frisell desenvolvidas sobre o curso de, aproximadamente, um
quarto de século de colaborações. E “A Kind Word” carrega o álbum para ser
positiva e , espiritualmente, poderosa conclusão.
Faixas
1 Like
Those Who Dream
2 Queen
Of The South
3 Average
4 Rainbow
Sign
5 The
Rumor
6 Custodian
Of The New
7 This
Old Man
8 Binder
9 A Kind
Word
Músicos: Ron
Miles (cornet); Jason Moran (piano); Bill Frisell (guitarra); Thomas Morgan
(baixista); Brian Blade (baterista).
Nota: Este álbum foi considerado,
pela JazzTimes, um dos 30 melhores lançados em 2020.
Fonte: DAN BILAWSKY (JazzTimes)
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