Há algo solene e magnífico na escrita do novelista norueguês
Knut Hamsum (1859–1952). Ele não, necessariamente, celebra a inventiva
categoria e esquisitices em trabalhos como “Mysteries (Mysterier) ” e “Hunger
(Sult) ”, mas cada oferta é única, às vezes problematizando a visão da vida.
Uma coisa é certa, ele foi fã de Adolf Hitler. Assim, a
sisudez, com performances extasiantes da tecladista/compositora norueguesa, Maja
S. K. Ratkje, em “Sult”, uma adaptação da música para um balé baseado na novela
de Hamsun, é o início de uma premissa carregada. É ainda assombroso, em parte
por causa das suas origens.
A novela segue seu protagonista, um escritor, através de um
tempo difícil conforme ele vagueia nas ruas, intensamente sintonizado com sua
sombria ligação em vida. O título do livro é literal aqui. Ratkje—que é gravado
com figuras do mundo do jazz, tão bem quanto o experimentalista Ikue Mori—usa o
sentimento discordante de falta de propósito e criatividade furtiva para
fundamentar a pulsação do órgão, que ela toca através de nove faixas, ocasionalmente
entoando alguns sentimentos emotivos em vocalise. Há um pouco de bons assovios,
também.
Enquanto, “Sult”, a novela, foi canonizada, descrita como a
abertura para a literatura do século XX e classifica-se como um trabalho
inicial de um novelista muito significativo, houve, provavelmente, outra peça de
composição para se basear, algo não contaminado pela barbaridade. Porém,
talvez, seja o assombroso e estranho pastiche da história, som e momento, que
faz a gravação de Ratkje valer cada nota.
Lista de faixas
1 Introduksjon – Denne Forunderlige By 5:30
2 Sjå, Åmioda – Og Ikke En Lyd Kom Mig Fra Strupen 4:27
3 Den Sprættende Bevægelse Min Fot Gjør Hver Gang Pulsen
Slår 7:34
4 Sayago
– En Sådan Glidende Lyd 3:15
5 En
Træflis Å Tygge På 3:17
6 Øine
Som Råsilke, Armer Av Rav 5:47
7 Et
Hvitt Fyrtårn Midt I Et Grumset Menneskehav Hvor Vrak Fløt Om 4:12
8 Jeg
Fornemmer Mine Sko Som En Sagte Susende Tone Imot Meg 3:31
9 Kristiania 3:38
Fonte: Dave Cantor (DownBeat)
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