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quarta-feira, 26 de maio de 2021

ANNA WEBER – CLOCKWISE (Pi)

Há um distinto sentimento ordenado para “Clockwise”, o mais recente álbum da compositora, multi-instrumentista e membro do Guggenheim de 2018, Anna Webber, a despeito de algum lamento bravio da música.

É fácil se manter perdido no caos cantarolado em porções que compreendem pedaços no terço da abertura do álbum, momentos mais ofegantes, relembrando algum trabalho de Sam Hillmer com ZS, uma companhia de artistas de vanguarda de Nova York, que retumbou sua existência durante o início dos anos 2000. Passando para “King Of Denmark I/Loper” e “King Of Denmark II”, ainda que, encontra Webber espetanto o septeto no território do folk, que deve ser considerada uma nova música. O trabalho parece um pouco mais melancólico aqui—resmungando e agorando— mesmo com algumas das mais amplas técnicas permanecendo em primeiro plano.

Elaborado após se debruçar sobre composições do século XX —Stockausen, Cage, Varèse— cada estrutura da peça foi escrita seguindo encontros de Webber com músicos quando eles foram solicitados a exibir seu “um grupo de sons estranhos que você sabe como é”, ela recentemente contou à DownBeat. E a seção rítmica do grupo parece capaz de injetar um senso adicional de toque para impulsionar novas composições, removendo qualquer semelhança de seriedade, mesmo como um espectro de sombrias permanências. O pianista Matt Mitchell (que também atua no SIMPLE Trio de Webber) raramente encontra a si mesmo no centro da ação, mas ao lado da líder na flauta, clareia o humor de “Array”, uma excursão em 10 minutos, que facilmente poderia ser despachado antes de alguma revirada sinistra na trama em qualquer filme de Hitchcock.

Menos acadêmico, que prenuncia premissas, “Clockwise” de Webber facilmente emenda seções suingantes no trabalho, que é tão rigorosamente concebido quanto sua simpatia permite.

Faixas: Kore II; Idiom II; King of Denmark/Loper; King of Denmark II; Clockwise; Array; Hologram Best; Denmark III; Kore I.

Músicos: Anna Webber: saxofone tenor, flauta alto, flauta baixo; Jeremy Viner: saxofone tenor, clarinete; Jacob Garchik: trombone; Christopher Hoffman: cello; Matt Mitchell: piano; Chris Tordini: baixo; Ches Smith: bateria, vibrafone, tímpano.

Fonte:  Dave Cantor (DownBeat)

 

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