Um possível jazz radiante do lado oposto à pandemia do COVID-19,
poderia ser exibido pelo aprimorado controle artístico, em uma era onde
gravações autoproduzidas vieram a ser predominantes. Tomando a vantagem de uma
extensa e forçada parada nas excursões, o quinteto estelar formado pelo veterano
saxofonista David Liebman, pelo trompetista Randy Brecker, pelo pianista Marc
Copland, pelo baixista Drew Gress e pelo baterista Joey Baron criaram um
barulho prazeroso no novo lançamento, independente, de “Quint5T”.
Na faixa de abertura, “Mystery Song”, Baron balança entre
escovinhas e baquetas para guiar acordes sustentadores para Copland, um
criativo solo no meio com o arco de Gress e solos alternativos, ganidos e
interação de Liebman e Brecker. A inspirada em Charlie Parker, “Off a Bird”, é
mesmo mais imprevisível, como o saxofonista e trompetista desafiando convenções
por solos simultâneos, quando eles não estão harmonizando um com o outro. Partes
da peça em formas livre relembra a estabilidade de Liebman na banda de Miles
Davis durante a primeira metade dos anos 1970. Como faz o pavoneio em “Child at
Play”, no qual as danças do soprano de Liebman, as pontuações do trompete de Brecker,
a seção rítmica providencia a perfeita tendência e solo no meio de Copland,
destaca-se.
Outros destaques incluem “Broken Time”, com estilo bebop,
que tem uma reprise, e uma ode reverente em “There’s a Mingus Amonk Us”, apresentando
narrativa onde há uma pausa para os instrumentistas de sopro e Baron; um
provocativo solo inspirado em Thelonious por parte de Copland e Gress colando
os procedimentos à la Mingus. Este quinteto deve consistir de músicos dos anos 60
e 70, mas está claro que nenhum vírus poderia impulsionar qualquer um deles
para a aposentadoria.
Faixas
1 Mystery
Song 5:52
2 Off a
Bird 3:48
3 Figment
7:51
4 Broken
Time 6:44
5 Moontide
9:55
6 Child
at Play 6:57
7 Broken
Time (Reprise) 3:38
8 There's
a Mingus Amonk Us 6:26
9 Pocketful
of Change 9:11
Fonte: BILL MEREDITH (JazzTimes)
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